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Documentário mostra ação com jovens e graffiti

De abril a junho deste ano o projeto Uma Virada de Cores ofereceu oficinas gratuitas de graffiti a jovens de Heliópolis, região da zona sul da capital paulistana. O legado foram os 40 painéis grafitados, que encheram de cores as ruas, esquinas e avenidas. Esse foi o resultado do primeiro projeto da AisceAssociação de Intercâmbio Sociocultural e Empresarial Brasil – Colômbia, em correalização com a produtora carioca Burburinho Cultural. Uma Virada de Cores é apresentado pelo Ministério da Cidadania e pela empresa de energia ISA CTEEP, viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da ISA CTEEP.

Além dos muros, paredes e espaços coloridos, os organizadores lançam no dia 22 de agosto, no CEU Heliópolis, um documentário sobre o processo e os personagens envolvidos. Um catálogo com as obras realizadas por essa parceria Brasil-Colômbia está em produção para ser lançado até o final do ano. Ainda, como uma iniciativa de reaproveitamento dos resíduos e de engajamento ambiental, Daniel Bazco, um dos arte-educadores, fez ainda uma escultura com grande parte das latas de sprays utilizadas durante o projeto, reciclando parte do material que seria descartado.

A equipe de artistas e arte-educadores contou com dezenas de profissionais, entre elas os grafiteiros colombianos Johan Andres (Kano Delix), Johan Alberto (Sony) e Robert Sled (Fuan Nexio), que vieram ao Brasil especialmente para a atividade.

Os murais estão espalhados por Heliópolis, refletindo os sentimentos, as vivências e os sonhos dos jovens artistas, que coloriram com suas próprias mãos o espaço urbano onde vivem.

Foram cerca de 1.000 latas de tinta spray, utilizadas por mais de 500 jovens, entre 12 e 29 anos, que passaram por oficinas de abril a junho deste ano. As aulas foram ministradas por uma equipe formada por arte-educadores e grafiteiros, escolhidos por chamada pública seguida por um processo de seleção. 

Cada uma das criações foi pensada coletivamente, desde o assunto que seria tema do desenho, até as escolhas das técnicas e das cores. Os grafiteiros convidados e o os arte-educadores entraram em ação para ensinar as maneiras de manusear a lata de spray, mexer com a tinta látex, o estêncil e para transmitir e ensinar mais sobre a arte e as técnicas do graffiti.

Os alunos aprenderam sobre a História do graffiti no Brasil e também na Colômbia – já que três artistas vieram do país vizinho, e se juntaram a outros 17 grafiteiros brasileiros -, escutaram sobre a vivência dos artistas e sua experiência profissional, sobre como viver de e com o graffiti e como funciona o mercado de trabalho da arte urbana, e claro, aprenderem técnicas para desenvolverem suas próprias peças artísticas. Ao final do período de aulas e com o painel realizado, os alunos receberam uma certificação de participação no projeto.

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