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Como design e arquitetura podem contribuir para inclusão e respeito à comunidade LGBT+?

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A pouco mais de um mês para a próxima edição da Parada de Orgulho LGBT+, em São Paulo, manifestação social que acontece desde 1997 em prol da garantia dos direitos civis da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, a luta por igualdade social e direito das minorias do Brasil estão cada vez mais fortes, ao passo que gera grande tensão com setores conservadores da sociedade. Atualmente o País lidera o ranking mundial de assassinatos à comunidade (o ano de 2018 registrou 420 assassinatos de LGBT+ brasileiros), enquanto passa por um cenário político caótico e conservador que propaga discursos de ódio que tendem a alimentar ainda mais a violência contra LGBT+.

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 Segundo Guto Requena, designer, arquiteto e urbanista prestigiado no Brasil, e também internacionalmente, é em momentos como esse que mais se faz necessária iniciativas para denunciar a violência e dar voz a essas pessoas na sociedade. “O design pode ser uma poderosa ferramenta de ativismo, pois nos convida a pensarmos sobre igualdade e direitos humanos de maneira simples e com grande poder de propagação”, destaca. 

Reconhecido por seus projetos dedicados à arte pública e ao uso da tecnologia que provoca emoções, Requena projetou recentemente a instalação “Meu Coração Bate Como o Seu”, na Praça da República, região central de São Paulo, que ficará exposta até o mês de setembro. A obra, uma ferramenta de design como ativismo, é uma homenagem ao movimento civil LGBT+ no Brasil, que completou 40 anos em 2018. O trabalho foi feito com o apoio da Intel e da National Geographic, que produziu uma série de TV chamada “Hack the City” com quatro artistas plásticos, entre os quais um com Requena. 

No interior da obra, feita em parceria com a GTM Cenografia, caixas de som tocam trechos de depoimentos de ativistas. Ao anoitecer, luzes no interior da obra pulsam no ritmo de batimentos cardíacos, transformando-a numa escultura iluminada. “Meu Coração Bate Como o Seu” é composta por cilindros de aço carbono industrial, usados em obras de infraestrutura urbana. Eles foram seccionados e agrupados, em um gesto que sugere união. Por meio dos depoimentos dos ativistas LGBT+, a obra “falante” busca gerar empatia entre as milhares de pessoas que passam pela praça todos os dias, alertando sobre os diversos tipos de violência sofridos diariamente por pessoas LGBT+. 

Para participar da obra basta enviar um depoimento por um número de WhatsApp (11 – 99377-0058) com até 3 minutos de duração. Alguns depoimentos serão selecionados para integrar a instalação. 

Foto: Ana Mello

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