Por Miriam Spritzer
Na última quinta-feira (16.05), abriu ao público o novo museu da Estátua da Liberdade em Nova York. O museu conta com o que há de melhor em tecnologia e interatividade para mostrar um pouco da história de um dos principais símbolos do país.
O primeiro museu era fraco em conteúdo e de difícil acesso. Era localizado dentro do pedestal da estátua, portanto tinha a entrada do número de visitantes controlada. E constituía apenas em algumas fotos e objetos da época da construção do monumento, tendo como peça principal a tocha original da estátua que foi trocada nos anos 80.
A ideia de um museu externo à estátua surgiu em vista desta dificuldade de acesso uma vez que após os ataques de 11 de Setembro a entrada no monumento ficou extremamente limitada, fazendo com que muitos dos visitantes que fossem à ilha conseguissem apenas ver o monumento de perto. Por isso o novo museu tem como objetivo garantir uma experiência mais rica em história e significado.
Por meio de filmes, experiências imersivas e exposição de documentos e objetos históricos, o museu explica desde a concepção da ideia da liberdade americana até toda a construção e trajetória que o monumento passou para chegar em Nova York, de uma maneira leve e interativa. No entanto, mantém como peça chave a tocha original, que é de fato fascinante.
A experiência do museu foi estruturada por Presston Brown, da empresa ESI Design. Alguns dias antes da abertura, ele conversou com a nossa colaboradora Miriam Spritzer para contar mais sobre o projeto.
A Estátua da Liberdade é algo tão icônico. Como foi para você ser selecionado para este projeto?
Foi algo inexplicável. Eu sou de Los Angeles, e quando era criança era apaixonado pela Estátua da Liberdade. Quando vim para Nova York com meus pais a primeira vez, viemos até a ilha e para minha decepção não conseguimos entrar nem no museu, dentro do pedestal. Então poder mudar essa experiência para outros visitantes foi algo que mudou a minha vida.
Como você espera que seja a experiência do público no museu?
A minha ideia era proporcionar ao público a sensação de estar dentro da estátua. A gente sabe que muitos dos visitantes não conseguem entrar, então queria que eles pudessem ver a vista da coroa dela, e sentir como se de fato tivessem entrado no monumento. Por isso era importante para mim que nos teatros imersivos, onde passamos os filmes de história e finalmente da estátua nos dias de hoje, fossem projetadas cenas por dentro e por fora dela, dando ao visitante não só informações históricas mas uma visualização de como é estar na estátua.
O museu ainda é relevante para quem visita a estátua de fato?
Sim, acho que o museu adiciona a experiência mesmo de quem entra na estátua. Aqui recriamos alguns ambientes trazendo fatos históricos que apenas visitando o monumento você não teria acesso a essas informações. Certamente, para quem vai ao museu a visita à estátua terá um significado muito mais profundo.
Uma das coisas que chama a atenção aqui no museu é que há muita interatividade. Qual o objetivo disso?
Hoje em dia é impossível não ter interatividade. A gente quer que o visitante toque nos objetos, tire fotos e viva de fato a experiência do museu. O visitante pode fazer vídeos e fotos para dividir com os outros visitantes em um de nossos ambientes. Se eu e você estamos no museu, a sua experiência e a sua percepção vai contribuir para a minha, por isso encorajamos que haja essa troca.