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Tarsilinha do Amaral: sobrinha-neta de Tarsila do Amaral fala sobre sua exposição no Masp

Ver Tarsilinha do Amaral falar sobre sua tia-avó é uma experiência que todos deveriam presenciar. Como qualquer pessoa fala sobre sua família, a pupila de Tarsila do Amaral se delicia e encanta seu público ao contar as peripécias de uma das artistas mais importantes do Brasil.

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Em um encontro organizado pela Maison AlexandrineJimmy Choo e Monalisa Joias, Tarsilinha falou sobre a história da sua tia. Sobre seus estudos, amores, traições e os obstáculos que enfrentou para ser feliz. “Seu primeiro casamento foi armado e, quando percebeu que não tinha nada a ver com o marido – além do fato de que ele lhe traia com a cunhada -, foi uma das primeiras brasileiras a anular o casamento”, lembrou.

A paixão com a qual Tarsilinha relata o caminho de sua tia-avó é contagiante e faz com que qualquer ouvinte sinta-se próximo à artista. Responsável pelo patrimônio artístico da tia, ela conta que seu pai não lhe deu o nome com interesse no sucesso de Tarsila. “Ela era muito próxima ao meu avô, por isso vivíamos na casa dela. Apesar de ela ter falecido quando eu tinha oito anos, tenho memórias vívidas de seu carinho”, conta.

Quando a única filha e a única neta de Tarsila faleceram, o pai de Tarsilinha começou a ajudá-la a tomar conta de suas obras, por seu formado em direito. Com o tempo, ela assumiu a responsabilidade do pai, que hoje vive no interior de São Paulo. “Basicamente, organizo exposição, faço a ponte entre museus e colecionadores. É um trabalho difícil, que envolve lidar com transporte, segurança, etc. Nunca durmo quando as obras estão andando de avião!”, relata.

Apesar de já ter alcançado a conquista de levar o trabalho de Tarsila para o MoMA, Tarsilinha está extremamente feliz de trazer as obras de sua tia-avó de volta para o Brasil, em uma exposição no Masp. “Óbvio que quero que ela seja reconhecida mundialmente, mas me deixa muito feliz que o povo da sua terra possa ter contato com seu trabalho”, revelou Tarsilinha, que contou que se emocionou ao ver o “Abaporu” ser pendurado no museu paulista.

Ela encerrou a conversa convidando todos a visitarem a mostra, que já tinha uma fila de espera com mais de 1.700 pessoas no seu dia de estreia. Aproveite o final de semana para visitar “Tarsila popular”, em cartaz até o dia 28 de julho.

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