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“Marighella”: Wagner Moura estreia com alarde em Berlim

Nesta sexta-feira (15), Wagner Moura fez sua estreia como diretor em um filme com assunto polêmico. “Marighella” conta a história de Carlos Marighella, um guerrilheiro baiano que foi assassinado pela ditadura militar, em 1969.

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Ao lado de Bruno GagliassoSeu Jorge, o ator apresentou o longa pela primeira vez no Festival de Berlim. Os atores levaram com eles o nome de Marielle Franco, como forma de protesto, e receberam Jean Wyllys, que deixou o Brasil após sofrer uma série de ameças homofóbicas.

A imprensa internacional noticiou tanto as manifestações, quanto as primeiras impressões do longa. O site Variety falou sobre a preocupação do elenco de que o atual governo brasileiro boicote a distribuição de “Marighella”, por isso planejam iniciar um financiamento coletivo para custear a divulgação do filme.

O site também discutiu o fato de que o atual governo dá pouco apoio aos artistas brasileiros e que, apesar de 12 filmes nacionais serem exibidos em Berlim, está é a primeira vez que a embaixada não oferece uma festa de recepção para nossos artistas. Mas o Variety enxergou “Marighella” como um símbolo da atual luta por liberdade e justiça social que o Brasil enfrenta.

Já o site Screen Daily descreveu o filme como “urgente em seu compromisso e intensidade e que não poderia ser lançado em um momento mais correto. Enquanto o Brasil encara um novo governo de extrema direita, sob o comando de Jair Bolsonaro, a cinebiografia política de Wagner Moura remonta à ditadura que subjugou o país há apenas algumas décadas e pede ao público que pense no papel que os rebeldes militantes podem desempenhar no futuro próximo”.

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