O livro “Make Better Pictures”, do fotógrafo e professor da Escola de Design de Rhode Island, Henry Horenstein, oferece algumas dicas práticas para melhorar as habilidades de fotografar tanto para os fotógrafos comuns quanto para os profissionais.
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1) Levante a câmera. As situações mais óbvias para ficar um pouco mais alto são quando algo está obstruindo seu tema a ser fotografado – como uma cerca bloqueando a imagem ou uma fila de pessoas à frente de seu objetivo de imagem. Levante a câmera para fazer esta foto, se for necessário. Mas tenha cuidado para manter as mãos bem firmes. Uma solução melhor é usar uma escada e subir a uma altura o suficiente para “ver” com clareza acima da obstrução.
Outra ocasião em que você pode ter sua foto obstruída é em clubes, quando você está tentando fotografar uma banda, por exemplo. Provavelmente, você não poderá instalar uma escada no local, então, neste caso, você pode levantar os braços e erguer a câmera, encontrar uma área mais alta no local ou achar uma obstrução menor – como uma pessoa mais baixa, para ficar atrás e conseguir o registro. Mais uma opção simples e leve: tripé de uma perna. Com a sua câmera montada neste tripé você pode aumentar a altura sem perder a firmeza. Use um disparador para conseguir a foto perfeita ou mesmo algum app que permita fazer a foto pelo telefone.
2) Atrás de um vidro. Boas fotos podem ser feitas de objetos por trás de vidros – por exemplo, vitrines ou tanques de aquário. Mas reflexos no vidro podem arruinar sua fotografia. A melhor solução é empurrar a frente da lente contra o vidro, eliminando o reflexo. Uma capa de borracha simples pode facilitar o contato entre câmera e vidro.
Ah, colocar a lente contra o vidro também ajuda a estabilizar a câmera. Pressione com força suficiente e você poderá gravar com uma velocidade do obturador muito mais lenta do que precisaria.
Embora essa técnica funcione melhor se a parte frontal da lente estiver plana contra o vidro, ela também pode funcionar se a câmera estiver um pouco inclinada. Mas cuidado com a distorção da imagem, especialmente com vidro grosso. Também pode funcionar se a câmera e a lente estiverem um pouco afastadas do vidro, se você usar roupas simples, escuras e que não causem reflexo.
Muitas fotos podem ficar ruins em clubes e shows, tanto para profissionais credenciados para o trabalho com para quem apenas assiste ao show e gostaria de registra-lo. Algumas sugestões para um resultado melhor:
a) Fique o mais próximo possível de seu alvo, deslizando entre as pessoas ou para a lateral do palco.
b) Use zoom mínimo. Normalmente, o zoom significa uma abertura de lente máxima menor, então você precisará aumentar seu ISO para compensar, e isso pode causar um ruído de imagem inaceitável.
c) Use flash apenas em imagens fechadas. A maioria dos flashes não têm um longo alcance, portanto, quanto mais próximo de seu objetivo de imagem, melhor.
d) Ajuste a compensação de autoexposição para menos. Muitas vezes, a parte iluminada do palco (artistas) sai muito clara, até mesmo “apagada”. A solução mais fácil é definir a escala de compensação de exposição automática como -1 ou -2 ou mais. A parte apagada do palco ficará ainda mais escura do que é, mas os artistas estarão mais bem expostos.
3) Flash ligado / desligado. A luz natural é geralmente mais “real” que o flash. Mais tridimensional, interessante e convidativa. Mas, com pouca luz, você pode se sentir tentado a usar o flash para iluminar a cena, porque ela ilumina o assunto para uma boa exposição e detalhes claros quando a ISO não aumenta. O bom uso do flash faz isso, mas também pode ser forte demais, plano e sem sutileza.
O efeito flash às vezes funciona, se você estiver procurando por um certo tipo de impacto – por exemplo, hiperativo / gótico / vampiro / punk. Ou pode adicionar detalhes às áreas sombreadas que, de outra forma, poderiam ser bloqueadas – fica muito escuro. Mas a maioria das fotos parece melhor em luz natural. Se você puder, desligue o flash. Use uma lente com uma abertura ampla, se necessário, e empurre o ISO para cima. Use um tripé com uma velocidade de obturador lenta para imagens estáticas. Não se preocupe em capturar detalhes em todas as áreas da imagem.
4) Quanto mais longe você estiver do seu objetivo, mais potência de flash você precisará. Isso ocorre porque a luz cai drasticamente com a distância. A regra, chamada lei do inverso do quadrado, diz que mover seu flash ou outra fonte de luz duas vezes mais longe, digamos 3 metros em vez de 1,5 metro, reduz a luz para um quarto de sua força original. Isso é importante lembrar se você quiser fotografar a distância com um flash. A menos que seu flash seja muito forte, a luz provavelmente não será carregada. Muitos pequenos flashes, por exemplo, aqueles com o de seu telefone celular, tablet ou câmera compacta, podem não ser carregados o suficiente para serem eficazes em mais de 1,5 metro a 3 metros.
Além disso, mantenha esta regra em mente se quiser refletir a luz de um refletor, teto ou parede para difundir seu efeito. A luz devolvida deve viajar da fonte – o flash ou outra luz suplementar – para a superfície refletora e de volta para o objetivo. Isso pode ser um longo caminho a percorrer por um flash ou outra luz, a menos que seja especialmente forte. E a superfície refletora pode até absorver um pouco da luz.
A distração de fundo geralmente é uma questão de conteúdo. Talvez uma casa no fundo “roube a cena” quando você está fotografando um carro, ou uma multidão no fundo acaba distraindo a atenção de um carro alegórico em um desfile. Mas a distração também pode ser de semelhanças ou diferenças de cores ou tons. Se o seu sujeito estiver usando um suéter vermelho, ele se misturará em uma parede avermelhada; se ele usar um suéter azul, irá se destacar da parede.
Em preto e branco, a cor não importa; regra de diferenças tonais. Assim, um suéter azul e um fundo vermelho podem ser renderizados como o mesmo cinza. Coloque seu objeto em um suéter escuro, qualquer que seja a cor, contra uma parede clara – ou contra o escuro. Então, se possível, peça ao seu retratado para usar roupas diferentes e peça a ela para mudar a peça, se necessário.
Com informações do site news.artnet.com.
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