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Onde está obra de Da Vinci que vale R$ 1,7 bi?

No ano passado, a pintura “Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, em que retrata Cristo com uma esfera de metal na mão, se tornou a mais cara do mundo depois de ser vendida ao príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman por US$ 450 milhões (R$ 1,7 bilhão, aproximadamente). Agora, em uma situação desconcertante, o “Times” relata que a pintura não foi vista publicamente desde a sua aquisição pelo Louvre Abu Dhabi, e que estudiosos e outros interessados na importante peça da história artística estão cada vez mais preocupados com o fato de ela ter se perdido.

O professor Martin Hemp, especialista em Da Vinci que ajudou a autenticar a pintura e a tirá-la da relativa obscuridade depois que foi vendida por menos de US$ 10 mil (R$ 39 mil) em 2005, disse à publicação que “ninguém fora da hierarquia árabe imediata sabe onde está … não tenho ideia. O mistério de sua localização é, obviamente, perturbador”.

O desaparecimento é apenas o capítulo mais recente da longa e complicada história de “Salvator Mundi”, que passou de uma peça praticamente sem valor para uma genuína e autenticada obra de da Vinci ao longo do século 20. Em 1958, a obra chegou a ser vendida por £ 45 (R$ 57) e ser dada como um trabalho feito por um dos alunos do artista.

Eventualmente, acabou na coleção do bilionário russo Dmitry Rybolovlev (cuja compra da pintura do comerciante Yves Bouvier é um dos pontos do grande escândalo de fixação de preços e disputa legal entre Rybolovlev, Bouvier e a casa de leilões Sotheby’s), que vendeu o quadro para o príncipe herdeiro poucos dias antes da abertura do Louvre Abu Dhabi.

O plano original era que a pintura aparecesse no Louvre Abu Dhabi em setembro, mas o museu adiou essa revelação, aumentando a preocupação entre os interessados na segurança do trabalho. Isso inclui Robert Simon, que fazia parte do consórcio de colecionadores de arte que comprou a pintura em 2005, que diz: “Estou preocupado com a sua condição, o seu bem-estar … Estou confiante e acreditando que, onde quer que esteja, há pessoas que entendem que é uma obra de arte muito frágil de 500 anos e que devem mantê-la em condições de museu”.

Tomara que isso realmente tenha acontecido e os devidos cuidados tomados.

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