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Dalton Vigh ídolo das crianças: “Já fui atacado por elas!”

Dalton Vigh vive um momento inédito na sua carreira, ao conquistar pela primeira vez o público infantil. Ele faz sucesso na pele de Otto Pendleton, na trama “As Aventuras de Poliana”, que está fazendo sucesso no SBT. Entre uma cena e outra da trama infanto-juvenil, RG bateu um papo com o ator sobre trabalho e muito mais. Veja:

Como ator, você precisa se reinventar para trabalhar em diferentes meios?
Como ator nós temos que nos reinventar a cada personagem porque às vezes em um mesmo trabalho você pode fazer mais de um papel. Eu, por exemplo, no ano passado fiz “Uma peça Por Outra”, com o grupo TAPA, que era uma peça composta de esquetes, e nela eu fazia sete personagens, sendo que quatro eram em uma cena só. Acho que essa reinvenção a cada personagem faz parte da brincadeira de ser ator também, a gente quer sempre diversificar, ampliar ao máximo o horizonte de tipos, de que vá desde a tragédia até a comédia. Esse é o interesse que a gente tem. Todo mundo quer poder explorar ao máximo a versatilidade.

Entre cinema, televisão e as novas plataformas de streaming, qual seu meio preferido?
Escolho os trabalhos pelos personagens e pelas histórias, não exatamente pelo veículo. Seja ele na TV aberta ou fechada, cinema ou streaming.

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Como você acha que será o futuro das telenovelas em um momento em que as pessoas estão deixando de assistir TV?
As pessoas não estão deixando de assistir TV, elas estão talvez mudando a forma como assistem. Eu acho que a novela, assim como o cinema, nunca acabará, pois ela fala ao ser humano. São pessoas interpretando outras pessoas falando de histórias da relação humana. É óbvio que no cinema você tem computação gráfica, tem filmes que todos os personagens são computadorizados, mas sempre tem como base o ser humano. Eu acho que isso não tem como substituir, não vai ter nenhum tipo de animação ou computação gráfica que possa substituir o olhar do ser humano passando sentimento. Acho que nenhum computador vai conseguir reproduzir isso. Talvez só daqui a muitos anos, daqui alguns séculos.

Qual a reação das crianças ao seu personagem da novela do SBT?
A reação das crianças tem sido ótima! Até mais acolhedora do que eu imaginava, já que o Pendleton é um personagem meio que com ares de vilão. Outro dia mesmo em um dos corredores do SBT eu fui parado por uma escola de dança de criancinhas, deviam ter entre 3 até uns 6 anos, fui tipo atacado por elas. (risos) Foi até engraçado, elas vieram me abraçar, fizeram maior algazarra. É muito gratificante esse tipo de reação.

Quais as diferenças entre trabalhar com novelas com foco para adultos e as novelas infanto-juvenis?
A diferença é basicamente o texto que é mais leve, o resto é praticamente igual.

Quais os planos para o futuro?
Tem Poliana que acredito que ficará até 2019, além do filme “A Divisão” que será transformado em uma série para o Multishow (tem duas temporadas garantidas já), a segunda parte de “Nada a Perder” e o longa “Kardec”, todos com previsão de estreia para ano que vem.

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