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Maus-tratos: pianista toca música para acalmar elefantes cegos

Elefantes, apesar de enormes, são animais dóceis e se parecem muito com humanos: têm memória longa, se socializam, possuem maneiras complexas de se comunicar, e, até mesmo, podem ser vistos pintando.

Mas a vida de um elefante nem sempre é fácil, especialmente quando eles estão sendo ameaçados pela caça furtiva e perda de habitat por meio do desmatamento. A cidade de Tal, na Tailândia, é um exemplo disso, madeireiras usavam incorretamente elefantes domesticados no transporte de madeira.

Só que alguns homem são cruéis, e, quando o desmatamento destruiu a floresta, as madeireiras foram embora deixando os elefantes para trás sem nenhum auxílio, muitos deles cegos em consequência das condições de trabalho a que foram submetidos.

Mas da mesma forma que há homens desumanos, há os que se dedicam a ajudar os que precisam. O pianista britânico Paul Barton escolheu ajudar a reabilitar os elefantes que sofreram abusos. Ele toca piano para elefantes cegos e machucados que vivem no Elephants World, um santuário tailandês de paquidermes resgatados. É uma coisa notável ver esse pianista clássico tocar músicas clássicas para esses gigantes gentis e sem visão.

Barton, que vive na Tailândia desde 1996, começou neste caminho fascinante quando o santuário permitiu que ele levasse um piano para tocar música para os animais deficientes.

“A primeira vez que toquei piano no Elephants World, um elefante cego chamado Plara estava mais próximo do piano por coincidência. Ele estava tomando seu café da manhã, mas quando ouviu a música pela primeira vez, de repente parou de comer e, com a grama saindo de sua boca, permaneceu imóvel por toda a música”, conta no vídeo.

Ele diz que ao ver a reação de Plara, perguntou-se se música clássica poderia desempenhar algum papel na reabilitação de elefantes que tiveram vidas estressantes. E a resposta que encontrou foi a reação dos animais: “Quando você sabe que um elefante cego está inquieto, mas se acalma quando ouve música [clássica], tudo fica especial”, explica.

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