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Bebe Rexha: “Não adianta ter um perfil incrível e músicas mais ou menos”

Quando Bebe Rexha atendeu minha ligação na última quinta-feira (13), estava com as perguntas prontas, o gravador ligado e o nervosismo de mandar mal na frente de uma das cantoras mais cool atualmente. Minha surpresa foi ser recebida por uma voz animada e tranquila, que me perguntava onde eu estava no Brasil e como estava o clima. “Eu realmente sinto falta do Brasil, me diverti tanto aí”, disse a cantora.

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Havíamos marcado a conversa para falar sobre a marca de 100 milhões de visualizações que o clipe de “I’m A Mess” alcançou no YouTube e Bebe Rexha ficou extremamente feliz em saber que as pessoas queriam comemorar a notícia com ela. “Me lembro de quando comecei. Tinha 30 mil visualizações por vídeos e já ficava ‘Meu Deus, isso é tão legal’. E agora são 100 milhões! É uma loucura!”, contou, mostrando uma alegria genuína. “Sabia que o clipe era especial, mas nunca se sabe se as pessoas vão gostar ou não”, completou.

O vídeo foi uma parceria com Sophie Muller, que já dirigiu vídeos de nomes como Beyoncé, Rihanna e Selena Gomez, e Bebe Rexha contou que foi muito bom trabalhar com uma diretora. “Nós nos ouvimos bastante e adorei a maneira como ela grava com mulheres. Disse que queria fazer um clipe sobre minhas imperfeições, sobre não ser perfeita em um mundo que me cobra isso e sobre como devemos celebrar nossas inseguranças”, a cantora comentou sobre o processo criativo do vídeo, que se passa em um uma espécie de hospital psiquiátrico.

Quando perguntei se ela sentia a cobrança de estar sempre inovando, ela disse que sim, mas que a cobrança vinha de dela própria. “Acho que todo mundo se sente assim. Você sempre quer o melhor para sua vida, e também se tornar alguém melhor, isso acontece com a minha arte. Sempre tento fazer músicas mais legais, então me desafio e sinto essa pressão, mas que vem mais de mim, já que quero ser o melhor que posso”.

Mas, atualmente, ter uma música boa e clipes legais não é mais suficiente para se destacar no meio de tantos talentos. Os artistas também precisam gastar tempo e energia em manter redes sociais ativas e atrativas para conquistar a audiência.

“Acho importante estar na internet, mas, pra mim, precisa existir um equilíbrio. Não adianta ter um perfil incrível e músicas mais ou menos, ou músicas excelentes e nenhuma ação online. Tento ficar no meio das duas coisas”, desabafou Bebe, que enxerga as redes sociais como um lugar mais descontraído do que profissional. “Às vezes, não posto nada, porque não quero ou estou muito ocupada vivendo minha vida, já, outras vezes, posto todos os dias.”

Antes de se despedir, Bebe me contou que sente falta dos brasileiros e que mal pode esperar para voltar ao País: “Eu amei o clima, e os brasileiros são os melhores fãs do mundo, de verdade”.

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