Em dezembro, a Frick Collection, de Nova York, fez uma núncio audacioso, alegando ter feito a “mais significativa compra de pintura em quase 30 anos”, um retrato completo do príncipe Camillo Borghese, da Itália, do artista francês François Gérard (1770-1837).
À época, o “Artnet News”, site especializado em arte, avaliou a compra com das 10 maiores aquisições de museus de 2017.
Mas depois de todos esses meses desde o negócio, a Itália resolveu revogar a licença de exportação da pintura e exigir seu retorno, chamando a tela de uma importante peça da herança cultural italiana.
Só que o quadro, que data de 1810, aproximadamente, já foi para os Estados Unidos. A Itália alega que o pedido de licença de exportação descreveu apenas a pintura como um retrato masculino e que a identidade do assistente é o que torna o trabalho tão significativo para o país. (Oi? Como assim a Itália vende uma obra de arte sem checar o valor cultural? Lembrando que o nome do autor da pintura está devidamente escrito na parte de trás do quadro.)
A coleção da família Borghese (cujo patrono era cunhado de Napoleão) está entre as mais importantes na história da arte italiana. “O país só tardiamente percebeu a importância da pintura para o patrimônio nacional como um documento raro e significativo da era napoleônica na Itália”, disse Vittoria Marini Clarelli, chefe do departamento de circulação da diretoria geral de arqueologia, belas artes e paisagem do Ministério da Cultura italiana, em Roma.
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