Aclamado pela crítica, “Taurina” é o mais novo trabalho de Anelis Assumpção, convidada do episódio n°52 do podcast Aos Cubos. O álbum, o terceiro da carreira da artista, é o encerramento de uma trilogia, apontando para um futuro no qual ela pretende ter um som novo, desfrutar de novas companhias… mas ainda é muito cedo para pensar nisso – afinal, o disco acabou de ser lançado.
https://soundcloud.com/aoscubos/anelis-assumpcao
No bate-papo, a cantora fala como resolveu utilizar as gravações de Whatsapp com Ava Rocha, Liniker Barros (da banda com os Caramelows), Tulipa Ruiz, Céu e Talma de Freitas. “Eu fico achando isso muito engraçado, ainda que eu tenha tornado público, são mensagens privadas. Agora ninguém mais quer me mandar áudio no Whatsapp”, ele diz, aos risos.
“Nos shows, uso outros. E aí tá todo mundo com medo de mandar áudio pra mim. Mesmo que eu tenha tornado público, continua sendo privado. Você nunca vai saber do que que a gente estava falando. É um pedaço de ideia, colado dentro de outra coisa, que pra mim vira poesia”, se diverte.
Anelis pontua que Cultura vive um momento muito difícil em meio à crise crise política, deixando de ser prioridade e virando assunto de terceiro ou quarto planos. “Infelizmente, a gente está num momento muito estranho. Se a gente vivesses de virtualidades, se desse pagar aluguel com isso…” ri.
A artista ainda comenta sua relação com o legado de seu pai, Itamar Assumpção (1949 – 2003). “Eu não fico cansada”, ela diz, sobre o fato de quererem colocá-lo como “fantasma” em sua carreira. “Claro que tem muita gente que não me conhece, muita gente que não conhece o trabalho do meu pai, e preciso ter a paciência de repetir a mesma resposta. E às vezes não tem um sentimento ali, isso me incomoda, quando eu burocratizo isso. Incomoda, mas não me cansa”.
Anelis afirma que tem aprendido a lidar com a questão, e tem amadurecido. “Me dá um pouco de desespero quando penso que ele pode ser esquecido”, analisa.