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Instapoets: 10 autores de poesias que migraram do Instagram para os livros

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Você provavelmente já se deparou com eles no seu feed: poemas curtos, quebrados em pelo menos três linhas e que falam sobre sentimentos cotidianos, como se fossem retirados de um diário.

Essas são as principais características dos instapoems, pequenos poemas que surgem no Instagram, mas não ficam apenas por lá. Nos Estados Unidos, por exemplo, três dos livros mais vendidos na categoria poesia são deste tipo.

É o caso da indiana Rupi Kaur, que começou exatamente assim: postando pequenos versos ilustrados em sua conta no Instagram. Hoje, ela tem cinco títulos publicados e traduzidos para vários países, inclusive para o Brasil, onde “Outros jeitos de usar a boca” fez um sucesso inesperado.

Por aqui, nomes como Eu Me Chamo Antonio e Ryane Leão fizeram o mesmo movimento, das redes sociais para a prateleira dos mais vendidos nas livrarias.

Preparamos uma lista com 10 instapoets que publicaram livros graças ao sucesso no Instagram e merecem a leitura – seja na tela, ou no papel.

Rupi Kaur

Declaradamente feminista, a poeta indiana investe em textos curtos na defesa da igualdade de gênero e da liberdade feminina. Alguns de seus poemas, inclusive, trazem temáticas ainda mais delicadas, como estupro. Levantar essa bandeira rendeu a Rupi mais de 2,5 milhões seguidores no Instagram e pelo menos cinco livros publicados.

Eu me chamo Antonio

Um dos primeiros brasileiros a investir no Instagram como ferramenta de publicação, o carioca Pedro Gabriel começou escrevendo trocadilhos poéticos nos guardanapos do bar. Em 2013, lançou seu primeiro livro – a obra fez tanto sucesso que um ano depois ganhou sequência.

Tyler Gregson

Depois de conquistar um séquito de seguidoras (majoritariamente do público feminino) o norte-americano publicou o livro “Chasers of The Light”, reunindo seus principais textos. Logo de cara, a obra vendeu 120 mil exemplares só nos Estados Unidos – o número é seis vezes maior que as vendas da coletânea “Faithful and Virtuous Night”, vencedora do National Book Award de poesia em 2017.

Ryane Leão

A autora do recente “Tudo Nela Brilha e Queima” também começou no instagram e, por levantar a bandeira feminista, já foi chamada de Rupi Kaur brasileira. Mas além das redes sociais – onde escreve para quase 130 mil seguidores – a paulistana usava os muros como espaço de divulgação de seus poemas, colando os textos no formato lambe-lambe.

David Jones

Assim como o brasileiro Pedro Gabriel, David Jones é de uma geração anterior, mas nem por isso fica de fora da categoria instapoet. Graças ao sucesso nas redes sociais, o britânico já publicou cinco livros desde 2011 – quase todos reunindo textos que já haviam sido publicados no Instagram. Entre seus fãs declarados, estão as estrelas Camila Cabello e Cara Delevingne.

João Doederlein

O poeta brasiliense escreve sobre amor, saudade e outros anseios da vida moderna. Mas o sucesso mesmo vem do trabalho de explorar novos significados para palavras comuns – para ele, “alma gêmea”, por exemplo, é “o suspiro que esvazia uma alma ansiosa”. Prova disso é que, no ano passado, ele lançou seu próprio dicionário, “O Livro dos Ressignificados”.

Zack Magiezi

O nome engana, mas Zack Magiezi é brasileiro e escreve poemas justamente sobre o cotidiano por aqui, nos trópicos. Usando uma estética clássica, com imagens em preto e branco e as letras das antigas máquinas de escrever, ele conquistou quase 100 mil seguidores e publicou dois livros: “Estranherismo” (2016) e “Notas sobre ela” (2017).

Germana Zanettini

Os poemas da jornalista gaúcha são escritos em sua própria pele – e, por vezes, na pele de outras mulheres. O lugar do corpo onde as palavras são impressas, não por acaso, conversam com o texto, que costuma discorrer sobre os corpos e a sexualidade feminina. Seu livro “Eletrocardiodrama”, lançado em 2017, reúne justamente texto e poesia, à exemplo de sua movimentada conta no Instagram.

Amanda Lovelace

Aos 26 anos, a norte-americana segue a linha de Rupi Kaur e da defesa de igualdade de gênero. Em suas próprias palavras, parte do seu trabalho é desconstruir a imagem de “princesa recatada” que a sociedade espera das mulheres. O recado é dado logo no título da obra “A princesa salva a si mesma neste livro”, publicado no Brasil pela Editora LeYa.

Saulo Pessato

Diferente da maioria dos colegas instapoets, o paulistano não só posta textos, como declama seus poemas em vídeos no Instagram. O autor, que se autodenomina “intérprete de lirismos” escreve sobre temas variados – de sexualidade até a própria escrita das poesias – e já lançou dois livros: “Poesia Reclamada no Jardim das Borboletas” e “Verso Entre Virilhas”.

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