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Aposta RG: Gabrielle Aplin, que canta o tema de “Totalmente Demais”, diz quem escolheria na trama

Por André Aloi

O nome de Gabrielle Aplin pode não ser muito famoso no mundo Pop. Mas sua música e – principalmente – sua doce voz, pelo menos no Brasil, tem feito um tremendo sucesso. É dela a faixa “Home”, que embala a trilha sonora do triângulo amoroso entre Eliza (Marina Ruy Barbosa), Jonatas (Felipe Simas) e Arthur (Fábio Assunção) em Totalmente Demais, a novela das 19h, na Rede Globo. Em conversa com RG, a cantora inglesa disse que tem um preferido nessa história: “Felipe”, responde, pedindo ajuda para a representante brasileira de sua gravadora, a Warner Music. “Hum, faz meu tipo. Eu cantaria pra ele”, brinca.

A cantora está no Brasil, quando nesta sexta-feira (27.05) grava uma ponta na novela da Globo, no Rio. “Tem a ver comigo e a música. Nunca fiz participação como eu mesma (numa novela ou coisa assim). Vai ser estranho, mas estou animada”. Deve ir ao ar na segunda (31.05), quando encerra a novela. Mas antes faz única apresentação em São Paulo, no Cine Joia, também nesta sexta. “O show vai ser acústico. Geralmente, me apresento com uma banda. Mas quando estava em turnê pelo Reino Unido, fiz alguns shows solo. Então, será parecido: só eu e meu violão”, explica, falando que ainda não esteve na casa de shows, mas amou o que viu na internet.

Ela espera que mais pra frente possa fazer um show completo, trazendo banda e tudo mais. Mas o setlist desta primeira apresentação não pode faltar “Home”, claro, mas além desta terão algumas coisas no piano, como Salvation e Letting You Go. “Vai ser um mix do primeiro com o segundo álbuns (English Rain, de 2013, e Light Up the Dark, de 2015). Estou trabalhando nas faixas porque muitas delas eu nunca toquei de forma acústica”, comenta, dizendo que vai ouvir os fãs na internet para poder montar a ordem das músicas.

Gabrielle recorda que ninguém disse a ela que estava fazendo sucesso por aqui, mas reparava que muita gente falava em português nas redes sociais. Imaginava que fosse de Portugal ou do Brasil. “Há alguma coisa acontecendo”, dizia para sua equipe. “Algumas semanas atrás, meu empresário me mandou uma mensagem para arrumar as malas que viríamos pra cá. Pude comemorar, finalmente”. Ela explica que tenta ficar longe do celular o máximo que pode, mas toda vez que o pega tem gente falando em português. “Na maioria das vezes, coloco num tradutor. E são pessoas fazendo pedidos fofos. Nunca são invasivos. Só querem ouvir música boa e se comunicar”.

Quando compôs a música, claro que não era sobre um triângulo amoroso. “Sou de um vilarejo, ao sul do Reino Unido. Havia acabado de me mudar pra Londres, com uns 18 anos. Achava que a cidade era um conto de fadas, mas logo perdi o encanto e me perguntava o que estava fazendo lá. E escrevi sobre essa coisa de querer voltar pra casa e não poder”, recorda.

Dos brasileiros, ouviu sua colega de gravadora, Ludmilla. “Vi um vídeo em que está numa pista de skate. Ela é legal”, comenta, falando que nas rádios britânicas não há muita música em português. “Isso é completamente novo”. No entanto, se diz fã da cantora cabo-verdiana Cesária Évora, que morreu em 2011. “Ela era muito grande. Sua voz era incrível”.

No momento, está compondo músicas para um possível terceiro disco. Mas não há um ritual: às vezes voice menos no celular ou então escreve coisas à mão ou tira foto de lugares, pois gosta de fazer uma espécie de scrapbook. “Gosto de escrever sobre coisas que acontecem comigo, mas também me dito inspirada por artistas que falam sobre problemas sociais, políticos e do meio ambiente”, enumera, citando nomes como Bob Dylan John Lennon. “Acredito que seja importante para artistas serem uma voz para as pessoas. Quero que minhas musicas possam servir de inspiração para o mundo um dia. Eu não gosto da ideia dos artistas fazerem isso só para parecerem legais. Mas é importante escrever sobre o que se acredita e de alguma forma as pessoas se identificarem”, pontua.

O momento que decidiu ser cantora foi quando criança. Havia percebido que era inspirada por Johnny Mitchel, que era poeta, cantora e artista plástica. “Ela compunha os poemas em forma de música, pintava as capas de seus álbuns. Adorava tudo isso, então comecei a aprender a tocar piano. Nunca foi minha intenção ser uma popstar, só queria compor minhas musicas, que é o meu trabalho”. E se pudesse escolher algum artista para colaborar, definitivamente, seria Jungle, Jake Etheridge ou ainda o Bon Iver. “Amo muitas coisas, de coisas novas a antigas”.

Ela fala que amou o Brasil. Suas primeiras impressões foram das melhores. Uma apresentação no Domingão do Faustão, também da Globo, no último domingo (22.05), deram a ela o status de superstar por aqui. “Eu adorei. Foi maravilhoso. O apresentador foi muito doce”, derreteu-se sobre Fausto Silva, que pediu para ela cantar – de forma espontânea – outra música que não estava no script. “Amei, amei, amei”.

Um vídeo publicado por Site RG (@siterg) em

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