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Samantha Schmütz estreia como cantora na TV: “sem medo do que vão falar”

Por André Aloi |

Quem acompanha com atenção a carreira de Samantha Schmütz sabe que ela nunca fez questão de esconder sua inclinação para a música. Em “Samantha Canta”, nome do novo programa do canal BIS, que estreia nesta quarta-feira (13.04), às 23h30, ela solta a voz sem fazer rir. Em três episódios, vai da Soul Music (uma ode aos artistas da Motown) ao Pop atual, além de prestar uma homenagem à Elis Regina, com participação do rapper Criolo. “Eu acho que o medo paralisa as pessoas. Eu não tenho medo nenhum do que as pessoas vão falar”, frisa.

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Além de estar no ar na pele de Dorinha, na novela das 19h, “Totalmente Demais”, na TV Globo, ela volta a embarcar na nova temporada de “Vai Que Cola” (Multishow), que começa a ser gravada em maio, deve lançar um álbum até o fim do ano e está trabalhando para voltar aos palcos com um novo show ainda este semestre. Seu novo filme “Tô Ryca” (cuja estreia está programada para agosto) tem um cover inédito de “Don’t Stop Me Now”, do Queen, que ela gravou com exclusividade. Junto com o marido, Michael Cannet, também acaba de lançar a animação “Juninho Play e Família”, baseada em seu personagem de maior sucesso, que está disponível em seu canal no YouTube. Haja fôlego!

A artista acredita que o programa musical tenha ficado bem bonito. “Pode ter segunda, terceira temporadas. Amei. Foi feito com amor e qualidade. Eu supergosto de me ver e ouvir. Acho importante para você ver de fora, de um outro ponto de vista. Quando você está fazendo, está sob a ótica de dentro”, explica, dizendo que está aberta a propostas do canal pago para fazer um show baseado no repertório do programa do canal pago. “Quero achar o lugar legal pra fazer meu show. Não acho que seja teatro. Tipo, um lugar que seja para dançar e pra beber”, especula. Também está sendo estudada a possibilidade de as faixas entrarem em plataformas digitais.

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Se não acontecer, ela mesma tem ideia de lançar um single autoral ainda este semestre, parte de um EP ou disco, com lançamento até o fim do ano. Por isso, explica referências: “Eu gosto muito de Black Music, Michael Jackson, que também tem uma coisa pop, Amy Winehouse, Nina Simone, Elis…”, enumera. Se há alguém vivo entre seu gosto, entre risos, citou: “Tem o Criolo, um artista que admiro muito. Faz música que tem conteúdo, letra para ser ouvida e não só balançar o corpo”. Ela disse que sempre foi fã dele, começou a ir em shows, e foram se aproximando por causa da Ivete Sangalo (quando fizeram série de shows em homenagem a Tim Maia). “Ele já conhecia meu trabalho da TV, e acho que ele curte o que faço, então tive essa ideia. Tinha muita vontade de trabalhar com ele porque é o exemplo de artista e o que me representa. Foi um sonho realizado”.

Ela tem uma banda, a Brasov, montada para seu extinto programa “Não Tá Fácil Pra Ninguém”, do Multishow: “foi um casamento super legal e a gente acabou seguindo em frente”. São eles que vão acompanhá-la nos shows. Mas ela também já fez parte de outras bandas – incluindo Mulheres Cantam Beatles (de Niterói), foi backing vocal do Serjão Loroza, já fez um trabalho com Donatinho (filho de João Donato) etc. “Já cantei em bar em violão e voz, andei bastante na música, mas uma coisa mais underground”, revela. Para o programa do BIS, músicos de São Paulo foram chamados para as gravações.

A atriz, humorista e cantora é também… compositora! “Eu já componho há muito tempo. Sempre fui muito ligada à arte, dança, cinema, TV, música. Não toco nenhum instrumento, mas componho. Nunca me senti preparada para colocar essas músicas para o público. Ainda estou aprimorando elas”, explica. “Tem várias: umas que falam de amor, outras da dificuldade do País e da situação política, que já vem de muito tempo. Tem uma – chamada ‘Índios no Asfalto’ – que fiz nos anos 2000, por causa dos 500 anos”. Em sua opinião, para o ator ser completo, tem que saber cantar e dançar.


 

NA TV
Samantha gosta de ver filmes e seriados. O último para a “coleção” foi Vynil, da HBO, produzido por Mick Jagger. “Hoje, por exemplo, estava vendo o filme do James Bown. Gosto de filmebiografias, histórias de vitória, superação, pessoas que correm risco em nome da sua carreira”. Indo mais a fundo, ela diz que a pergunta é muito difícil, quando pedimos para ela apontar mais coisas. Como no País não há um humor mais político, estilo dos americanos Jimmy Fallon e James Corden, ela afirma que não tem vontade de seguir essa linha. “Danilo Gentili já faz o ‘The Noite’, Fabio Porchat vai fazer um na Record…. Não tenho talento para isso. Tem mais a cara de (Marcelo) Adnet, Gregório (Duvivier). Eu sou mais da interpretação, artista… Menos pessoa física. Mas eu admiro e sempre assisto”, completa.

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