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#ApostaRG: 10 nomes do mundo da música para não deixar de ouvir em 2016

Por André Aloi

Em 2015, o ano foi superprodudivo para o mundo da música! Lá fora, muitos artistas que estavam sumidos resolveram dar as caras e lançar novos álbuns. Caso de Adele, que vendeu quase 6 milhões de CDs (3.3 mi só na primeira semana) de seu álbum de comeback, “25”, e Justin Bieber, que vendeu 525 mil cópias na semana de estreia só nos Estados Unidos. Por aqui, uma infinidade de artistas de pequeno e médio porte investiram em álbuns e EPs.

Com a ajuda da internet – e de selos menores que deram aquele empurrãozinho na hora de lançar um disco -, estes novos artistas chegaram para mais gente, especialmente por causa das plataformas digitais. Enquanto o Spotify se consolidou – em menor escala ao lado do Deezer, Napster e do Rdio, que deixará de existir em breve -, a Apple Music e o Tidal tentam conquistar novos públicos com conteúdos exclusivos, como shows e playlists.

RG apostou em bastante gente este ano. Estiveram como aposta: Jonas Sá, Dônica, Diogo Strausz, Scalene, Luiza Meiodavila, Diego Moura, Jaloo, Flávio Renegado e Marcelo CIC, entre outros. Com a chegada de 2016, selecionamos 10 nomes da cena musical paulistana, carioca e outras praças para ficar de olho no ano que chega. Scroll!

CARNE DOCE (Goiânia, GO)
Macloys Aquino (guitarra) e Salma Jô (voz) são o coração pulsante da Carne Doce, que se abriu para o mundo em 2013. O quinteto agridoce aposta em letras de cunho polítco, em sua maioria de Salma, com arranjos diferentões de Macloys. Por vezes marcados por riffs psicodélicos, vindos das guitarras de Macloys, mas que ganham um toque de regionalismo. Pare para ouvir as faixas do EP homônimo, lançado em 2014, com destaque para “Fetiche”, “Canção de Amor”, “Benzin” e “Fruta Elétrica”.

CHÁ DE GIM (Goiânia, GO)
Esse quarteto é uma mistura de ritmos brasileiros com indie rock dos bons. Carrega em sua raiz diferentes texturas, como o samba, forró e toda a psicodelia dos anos 70. Um verdadeiro chá alucinógeno! Com seu novo EP “Comunhão” (Agente Digital/Deck), a banda – formada por Diego Wander (voz e percussão), Alexandre Ferreira (bateria), Bruno Brogio (voz e baixo) e Caramuru Brandão (voz e guitarra) – tem muito pra correr em 2016. Assim como os conterrâneos do Boogarins, a banda já se faz conhecida lá fora. Não deixe de ouvir “Dropei”, “Maracujá” e “Samba Verde”.

FALSO CORAL (São Paulo, SP)
O trio que se reuniu em São Paulo tem em sua essência a viola caipira oriunda da Serra da Saudade (MG). Luis Gustavo Coutinho, Bela Moschkovich e Guilherme GIacomini interpretam um dream pop com um quê de indie folk. A primeira faixa do grupo já está disponível para ouvir online: “Aurora“. Seu novo EP “Folia” sai em breve pelo selo Mono.Tune Records, com participações de Luis Calil (Cambriana, Ara Macao) e Fábio Cardelli, entre outros, e produção de Filipe Consolini. RG ouviu “Deus de Papel”, que estará no disco, e só pode recomendar uma coisa: ouça!

FELIPE MAFRA (São Paulo, SP)
Primeiro lançamento do selo Faz, Felipe Mafra mostrou seu “Beat Sem Fim” em 2015, e promete mais no ano que segue. O CD tem composições suas, mas também põe voz e atitude rock ‘n roll em duas regravações: “Se eu Não Te Amasse Tanto Assim”, sucesso de Ivete Sangalo, e “Romance Ideal”, d’Os Paralamas do Sucesso”. Além da faixa que empresta nome ao disco, valem o play: “Mil Pedaços” e “Elizabeth”, versão moderna de “Natasha”, do Capital Inicial. O músico também tem um canal no YouTube, onde publica diversos covers.

GRAVEOLA E O LIXO POLIFÔNICO (BH, MG)
Coletivo musical formado por Bruno de Oliveira (baixo e vocal), Gabriel Bruce (bateria e vocal), José Luis Braga (guitarra e cavaco), Luiza Brina (voz, percussão, cavaco e escaleta), Luiz Gabriel Lopes (voz e guitarra) e Ygor Rajão (trompete e escaleta). O recém-lançado EP “London Bridge” é taxado como projeto imprevisível assim que começa com uma skit antes das cinco faixas. Todas as faixas valem a audição. Tente, o álbum é curtinho!

LINIKER (Araraquara, SP)
Liniker Barros é o vocalista do projeto musical que toma para si o seu primeiro nome. É uma mistura de black music com soul e dá um ar de contemporaneidade brasileira às composições. As faixas têm como principais temas as relações e o amor. O vocalista entoa, além das faixas do EP de estreia, “Cru”, problemas enfrentados por minorias. O o cantor disse ser uma potência, dizendo ser negro, pobre e gay. Seu turbante é praticamente uma coroa para mostrar aos seus súditos as diferentes vertentes da sua música, que falam ainda sobre gênero e identidade, em especial pelo figurino extrovertido. A gente adverte: sua música faz o corpo dançar. Comece por “Louise Du Brésil”!

PABLLO VITTAR (Uberlândia, MG)
Drag Queen, Pabllo Vittar vai invadir a casa das pessoas em 2016! Ele vai comandar a banda do programa “Amor&Sexo”, de Fernanda Lima, na TV Globo. Com um novo EP, produzido por Rodrigo Gordky, o cantor de Uberlândia mostra sua faceta pop, com toques regionais. Entre fãs famosos estão o cantor Daniel e o próprio Diplo, dono do hit de 2015 “Lean On”, com o Major Lazer, que virou um electropop 8-bit, chamado “Open Bar”. “Diamonds”, de Rihanna, virou “Joia” e “Burn”, de Ellie Goulding, sambour com o nome de “Amante”.

PEIXEFANTE (Goiânia, GO)
O nome da banda surgiu da brincadeira de juntar palavras. Mas pensando num significado, chegaram à conclusão de que são uma mutação. O som deles é uma mescla de pop e eletrônico com rock psicodéĺico. Por enquanto, esse quinteto (Arthur Ornelas, Erick Magalhães, Luique, Lipito e Waltim, conhecido como Tuíra) tem apenas o EP de synthpop “Lorde Pacal” (Fósforo Records), que pode ser ouvido nas plataformas de streaming.

VENTRE (Rio de Janeiro, RJ)
Na estrada desde 2012, a banda carioca Ventre é um power trio, formado por Gabriel Ventura (guitarra e voz), Larissa Conforto (bateria) e Hugo Noguchi (baixo). Começaram na internet e hoje divulgam o EP homônimo, que – entre outras faixas – tem “Carnaval”, “Peso do Corpo” e “Quente”. Essas três já com vídeos oficiais no YouTube da banda. No site oficial da tríade, é possível baixar gratuitamente o álbum de estreia, “pagando” apenas com post.

SARA NÃO TEM NOME (Contagem, MG)
Artista visual, musicista e performer, Sara Não Tem Nome transita por diferentes formas de cultura. Mas é a música que consegue expressar seu maior dom: a voz doce e as batidas suaves! A artista registrou nas doze canções de seu primeiro trabalho, “Ômega III”, em São Paulo, mas foi masterizado na Austrália. As faixas retratam o cotidiano jovem de maneira irônica, non sense e niilista. As composições mesclam português e inglês. Para começar a se identificar com o repertório, assista ao clipe de “Solidão”. Mas há ótimas batidas folk, como “Prison Break”, e a baladinha “Grandma I Love You So”.

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