Por André Aloi
Claudia Leitte dá mais um passo na sua carreira internacional. Na manhã desta sexta-feira (11.12), a cantora apresentou a faixa “Corazón”, com participação do rapper Daddy Yankee (conhecido pelo sucesso “Gasolina”, de 2005), na sede do Twitter, em São Paulo para um grupo de jornalistas. A música será lançada no dia 17, exclusivamente no iTunes, Tidal e YouTube, com apresentação no mesmo dia no “The Voice Brasil”, da TV Globo.
Na próxima semana, o rapper porto-riquenho vem ao Brasil para gravar o clipe no Rio de Janeiro. “A música tem uma coisa que me remete muito ao Rio, desde o início. Então acho que era o lugar ideal”, afirma, dizendo que ela assina o roteiro, mas prefere manter em segredo o nome do diretor. “Corazón” fala, em especial, de paixão e fogo. “Tem uma mensagem que cabe em qualquer situação. Se não te tenho aqui, a mim não vale nada. Pra mim tem uma conotação especial. Se eu não coloco amor nas coisas que faço, não tem sentido. Se você tem um objetivo e não colocar amor, o resto não vem”.
Desacelerada quanto à pressa de lançar um primeiro disco em outras línguas que não o português (como espanhol e inglês), foi a primeira vez que ela pôde se dar esse presente de amadurecer e aprender dentro da música. “Esse período de processo de criação me trouxe 30 composições. Não posso dizer que tenho um disco pronto, porque desse tempo que começou em janeiro do ano passado, entre idas e vindas, já mudaram muito. Talvez queira mudar arranjos”, diz ela. RG adianta alguns dos compositores: Dark Child, Kirby Lauryen (“Four Five Seconds”, da Rihanna) e Kuk Harrell (Rihanna, Beyoncé, Justin Bieber etc).
As seis músicas devem ser lançadas até o meio do ano que vem, que coincide com o Verão Americano: momento mais importante para a música pop internacional. Mas vão ter músicas em seu idioma nativo. “Tem coisas que só acontecem em português. Ficaram lindas em português. Tentou adaptar para o espanhol e inglês e não rolou”, explica. A data deve bater ainda com uma série de shows por lá. Uma agenda de apresentações está sendo pensada “neste momento” pela equipe internacional, sob responsabilidade da Roc Nation.
Morando em Los Angeles, nos Estados Unidos, com a família há mais de um ano, ela diz que tem uma vida normal off-line, quando fica 12 horas em um avião indo e voltando para o País. “É punk, mas nunca fiz terapia. É o tempo que você pode ouvir música, não tem conexão com a internet, então você é obrigada a conectar-se consigo mesma. Isso é uma coisa muito legal de ir e vir. Eu li mais. Fiz menos shows, em contra partida, trabalhei muito mais a minha musicalidade porque o palco é sensacional. Quem me ajudou foi meu marido a achar esse equilíbrio, que é meu empresário, dando prioridade à família. Ele sabia que ia ser puxado”.
AGENDA 2016
Além de confirmada para a próxima temporada do reality “The Voice”, na Globo, a cantora desfilará no Carnaval carioca, como rainha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, além de sair com blocos no de Salvador, cujo tema será Las Vegas. “O que acontece no Largadinho, fica no Largadinho”, adianta o tema. Ela prefere não comentar se haverá participação na abertura dos Jogos Olímpicos 2016, que acontece na capital fluminense.
ROC NATION
Claudia está na empresa de Jay Brown e de seu sócio, Jay Z, há pouco mais de um ano. Eles também são responsáveis por gerenciar carreiras de outros artistas, como Rihanna, Kanye West, Grimes etc. “Ele estava na África, queria me conhecer, e eu não tinha agenda. A única oportunidade era se eu fosse até a África, 24 horas por lá”, diz ela que aceitou, relembrando o episódio que aconteceu no fim de 2013. “Falei pra ele que adorava desafios”.
Dessa “loucura” de ter sua carreira gerenciada por uma empresa internacional, Claudia comenta que acontecem várias coisas muito legais. “Nunca tive essa coisa de pedir um autógrafo para um artista. Nem ver a história do outro lado. Aí você encontra o Will.I.Am. É uma coisa que parece muito simples, porque ele é simples, mas é o máximo. Não vou dizer que não fico assim… como o Timbaland. E essas pessoas ficam enlouquecidas quando canto em português ou mostro alguma batida para eles”.
Da vez que esteve com Beyoncé e Jay-Z, ela explica como foi o encontro: “Tudo é muito simples. É um paradoxo. Estava em San Francisco, com meus filhos, e eles vieram me cumprimentar ao final de uma apresentação. Era um backstage bem restrito, a celebração de fim da turnê daquele show que eles fizeram juntos (“On The Run”). Só depois que realizei a história toda. Não dá tempo de pensar, você vai sentindo”. Ela também esteve com Rihanna, a quem taxa como uma pessoa “incrível e maravilhosa”, pontua.