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“A diferença pode ser que eu esteja com mais horas voo”, diz Tulipa Ruiz sobre conquista de Grammy

Por Carol De Barba

“A gente está muito feliz com a estatueta. Queria agradecer a Academia…”, brincou Tulipa Ruiz no palco do Sol Sunday Sessions, ao comemorar, com a plateia que clamava, o Grammy Latino de Álbum Pop Brasileiro Contemporâneo. Esse foi o primeiro show da cantora após a premiação, entregue na quinta (19.11), em Las Vegas.

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Tulipa fez questão de compartilhar a “aventura” com o público. “Quando recebemos a indicação, pensamos ‘É o Grammy. Mas é Las Vegas, mó longe…E, no fim, resolvemos ir”, contou Tulipa. Em cima da hora, a viagem tinha tudo para dar errado: a três horas do embarque, nem ela nem um dos músicos tinham o visto americano feito; a carona que tinham do aeroporto de Los Angeles à Las Vegas falhou; o ônibus que pegaram para substituí-la levou nove em vez de apenas três horas para chegar lá; o hotel era super afastado. Perderam todas as solenidades do dia mas, afinal, chegaram a seu destino.

Foi só lá, sentadinha em frente ao palco, que Tulipa se deu conta do que estava acontecendo. “Rolou um prêmio de música infantil para uns uruguaios, e a banda estava sentada bem do nosso lado”, relata. A reação esfuziante dos colegas fez com a ficha caísse. E quando Ana Carolina subiu ao palco, abriu o envelope e chamou seu nome, Tulipa não aguentou. “Comecei a chorar e falei ‘caralho, eu não acredito que a gente viveu tudo isso’”.

Agora, mais do que nunca, ela curte seu “bebezito” Dancê, nascido há poucos meses e já motivo de tanto orgulho. Surpresa com o retorno de tanta gente que escreveu, ligou, mandou mensagem, Tulipa confessa a RG que não sabe explicar o que esse álbum tem de diferente dos demais. “É um disco que a gente teve muito carinho, muito cuidado pra gravar, para escolher cada instrumento, cada palavra, cada música, cada pessoa. Queríamos um disco que soasse bem, que os músicos desfrutassem do processo e as pessoas também tivessem essa sensação. Mas em todos os meus discos eu faço isso. Então, a diferença pode ser que eu esteja com mais horas voo. A banda e eu fizemos um monte de shows”, analisa.

Com tanta produtividade, será que já tem disco novo no forno? “Não quero nem pensar em próximo disco ainda!”, responde prontamente. E emenda: “Mas a gente (com Gustavo Ruiz, Rica Amabi e Alexandre Orion) acabou de fazer oito músicas para um projeto chamado Palavras Cruzadas. Esse show já aconteceu, e talvez vire um EP”, revela. RG vai ficar de olho!

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