Por André Aloi
Diego Moura é um DJ maranhense radicado em São Paulo. Lançou recentemente “Confetti”, que teve estreia mundial no programa de Nicky Romero. Ele foi a atração no fim de semana da arena do UFC, que aconteceu em São Paulo, no sábado (07.11). Por este motivo, é uma Aposta RG! Para o DJ, é um prazer fazer parte da mesma casa de artistas como Tiesto, Avicii e muitos outros: “dá uma certa confiança. Não só pra gente enquanto artista”.
Ouça “Confetti”
Ele faz parte do selo AfterCluv (da Universal Music) e antes de pensar no primeiro CD está lançando singles. “Vou tentar colocar minhas influências dentro desse projeto. Obviamente, terão faixas para a pista de dança, mas vou testar coisas mais orgânicas e musicais. Tem aceitação e mercado, mas precisa ser uma história bem contada”, pontua.
Uma agencia fica responsável por fazer seu booking (vender shows) e outra que cuida de todo o resto, como o management – negociações, redes sociais etc.
Diego concorda que – pelos valores de ingresso – a música eletrônica não é tão acessível para a grande massa, como os festivais EDC e Tomorrowland. Por outro lado, acredita que seria difícil viabilizar festivais desse porte, cobrando ingresso muito barato. “Não só pelas atrações, que são caríssimas, mas pela própria estrutura, que querendo ou não visa o conforto do cliente”, analisa. “Ainda que seja caro, de uma forma geral, os festivais são acessíveis. Por este motivo, a música eletrônica tem crescido bastante aqui no Brasil”.
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Segundo ele, para que a música eletrônica ganhe abrangência nas rádios fora de programas específicos é preciso deixar de focar só nos estilos comerciais, que vendem. “Não acho que falta nada, talvez só um pouco de iniciativa. Não tem muita gente fazendo outros tipos de som, além de EDM (que é predominante) e Progressive House. De pouco tempo pra cá, estourou o D-House, que não é Deep House, mas é um estilo novo, que se encaixa bem no perfil do Alok, Vintage Culture – talentosíssimos e importantes para nossa cena”.
Ele classifica o seu estilo como algo mesclado, que põe um pouco de progressive house e um estilo novo, Ron’s Groove, que solta um pouco da batida house das progressões de piano e bateria, juntando coisas antigas, como vocais de Loleatta Holloway e Michelle Weeks – artistas consagradas na era Disco. “Tem uma música minha com o Jakko, que a gente sampleou uma música de 2002 que é o que os suecos estão fazendo, como Ingrosso e Alesso”, explica.
Ouça “Bocalinda”
Diego diz que já tocou com muita gente de quem é fã: David Guetta, Steve Angelo, Tiesto, Alesso, Avicii estão entre os nomes. “O único nunca toquei e gostaria, até porque não vem muito ao Brasil, é o Axwell Ingrosso”, comenta. O DJ é conhecido na cena paulistana por se apresentar em clubes como Provocateur, Disco e outras festas, como Love Life e Clubinho.
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Ele finaliza, comentando que esteve recentemente no WMC (World Music Conference), em Miami, para saber como as pessoas estão respirando. “Uma onda Deep House meio Tropical House. Lá fora já tem alguns festivais, como Tomorrow World, que já tem palco só dessa turma do Goove. Por que não acontecer no Brasil?”.