Por André Aloi
Katy Perry apresentou, nesta sexta-feira (25.09), no Allianz Parque, em São Paulo, seu show da turnê “Prismatic”. Em 1h30, a cantora desfilou hits, chamou fãs para o palco para um momento selfie e perguntou a definição de “morta” e “linda”. Muitos de seus kittycats (como são chamados os fãs da morena) usam essas expressões para comentar suas fotos nas redes sociais. Recentemente, ela usou os termos para tietar Mariah Carey.
O show começou por volta de 21h20, com atraso perdoável de 20 minutos, devido à chuva que tomou conta da capital paulista em boa parte do dia. Foi a cantora subir ao palco que as gotas cessaram. O aguaceiro só retornou na reta final da apresentação, depois de um momento acústico (voz e violão), e quando ela capitaneou uma ode aos anos 90, puxada pela canção “Walking On Air”. Ali, falou que ia tomar chuva com a galera.
Sem surpresas, a cantora abriu o show com o hit “Roar”, cantado a plenos pulmões pela plateia, em sua maioria jovem, que lotava o estádio. Todos os setores estavam com ingressos esgotados, exceto o camarote. Na segunda música, “Part of Me”, já abusava dos gritos para conseguir alcançar os tons mais altos dessa faixa, pedindo várias vezes para a plateia gritar. Emendou uma versão remixada de “Wide Awake”.
Katy fez diferentes trocas de roupa e usou as tão conhecidas perucas. No que fez esta semana em Lima, no Peru, a cantora levou um show desfalcado, sem trocas de roupa nem mudanças no visual camaleoa. O setlist paulistano seguiu à risca a outra apresentação da América Latina, deixando de fora: “This Moment”, “Love Me”, “It Takes Two” e “Birthday”. Faltou “Peacock”, mas essa não estava na turnê nem americana.
Em muita conversa com o público, Katy ficou preocupada em se fazer entender. Ganhou o público quando, no bloco acústico/intimista, disse que dos quase 150 shows, o de São Paulo havia sido o melhor (e isso porque ainda estava na metade). “Todos os fãs deveriam ser como vocês”, disse, perguntando ainda quem havia assistido à sua última apresentação na cidade, em 2011.
Quando pediu para um garoto subir ao palco, fantasiado, jamais imaginou que teria dificuldade em conversar com ele. Lucas, como se apresentou, enfrentou o nervosismo e a barreira da língua e se atrapalhou ao falar com sua diva. Quando ela perguntou de onde ele era, em inglês, respondeu em português: “19, não, 20”. A cantora entendeu que ele não era brasileiro e pediu para outra pessoa subir à extensão do palco.
No entanto, pediu para que o garoto ficasse ali, de canto. No momento em que a garota Débora foi chamada, imaginava-se que o drama do menino teria um fim. Porém, Katy deu atenção apenas a ela, perguntando como se dizia em português várias coisas, como pizza, selfie, olá. E brincou: “falamos quase a mesma língua”. Como a menina estava com um boné escrito “MORTA”, ela aproveitou para atualizar seu vocabulário. Perguntou também o que dignificava “linda”. As palavras são recorrentes em seu Instagram. Por fim, todos saíram felizes, ostentando uma selfie com o ídolo.
Katy ainda agradeceu pela paciência do público por esperar tanto tempo: ela não vem ao País desde 2011. Falou que sente que a música a conecta com os fãs de alguma forma. Encerrou o show por volta das 23h, com a tríade do sucesso: “Teenage Dream”, “California Gurls” e “Firework”.
No domingo (27.09), ela encerra o Rock in Rio, na capital fluminense. Ainda se apresenta em Curitiba, na terça (29.09), na Pedreira Paulo Leminski.