Por Carol De Barba
Dani Calabresa encara sua primeira protagonista no filme “A Esperança é a Última que Morre”, que chega nesta quinta (3.09) aos cinemas brasileiros. Dirigido por Calvito Leal (codiretor de “Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei”), o longa tem ainda Danton Mello, Rodrigo Sant’anna, Katiuscia Canoro, Augusto Madeira e Márvio Lúcio, o Carioca do Pânico, no elenco.
Com roteiro de Eduardo Albuquerque e Patrícia Andrade, a comédia conta a história de Hortência (Dani Calabresa), uma repórter doce e atrapalhada que sonha em ser âncora do telejornal de sua cidade. Para tentar dar uma guinada na carreira, a jovem e seus dois melhores amigos, Eric (Danton Mello) e Ramon (Rodrigo Sant’anna), que trabalham no IML da cidade, se envolvem num plano inusitado: o falso serial killer “Assassino dos Provérbios”.
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“É o diretor mais fofo do mundo, o trabalho mais especial que fiz”, comemora Dani. Apesar de não assinar o roteiro do filme (que é de Eduardo Albuquerque e Patrícia Andrade), a atriz contou a RG que se sente totalmente parte dele. Ela está ativamente envolvida com o projeto há 5 anos. “Calvito me ligou em 2010 e eu já criei a expectativa de que seria um filme com romance, comédia, momentos sensíveis. Também tem uma mensagem e uma história legal”, explica.
Dani tem, talvez, apenas um ponto em comum com a personagem Hortênsia: o amor pela profissão. “Inventar uma mentira ou um plano para conseguir um cargo melhor, isso eu nunca fiz e não saberia fazer. Tenho vergonha de chegar atrasada, não teria a ousadia de sustentar uma mentira em rede nacional”, diz. Agora, passar por momentos bizarros… “Toda profissão tem aquele momento em que você para e pensa ‘meu Deus, eu tinha que estar passando por isso?’. É uma prova para ver se você ama muito e quer continuar”, brinca, referindo-se aos perrengues da carreira.
Ao contrário de Hortênsia, Dani não faria tudo pela audiência. “Trabalhei na MTV, gente. A resposta já é não, né? (risos) Para quem já deu 0,2 feliz, olha… Eu gosto muito de escolher o conteúdo. Eu me preocupo mais com a qualidade e com o resultado cômico do que com Ibope”, afirma a comediante, que nega ter o hábito de mandar mensagens para saber dos resultados do Zorra Total (Rede Globo), programa semanal em que trabalha. “Não é a função do ator, você tem que trabalhar dando o seu melhor, confiando no diretor e no roteirista”, completa.
Como protagonista de um longa, Dani considera que seu principal desafio foi justamente o tempo. “A grande diferença é que na TV a gente faz esquetes muito rápidas, com começo, meio e fim. Para o cinema, você tem que ter um entendimento da história muito vivo, porque o diretor pode começar a gravar do final. Você precisa conseguir acionar e trazer essas sensações todas no set, é difícil”, avalia.
Dani sente a pressão pelo bom desempenho de “A Esperança é a Última que Morre” nos cinemas brasileiros depois do sucesso das recentes comédias nacionais. Mas nem só por isso. “Qualquer coisa que a gente faz tem uma pressão. A gente quer acertar, agradar, se divertir”, diz.