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Michi Provensi sobre estreia como apresentadora da MTV: “Pagando os micos que não paguei a vida toda”

Por André Aloi

Como quase toda garota de interior que cresceu assistindo TV, Michi Provensi queria ser VJ da MTV. Isso quando ela ainda morava em Maravilha (SC). Muito tempo se passou desde que começou sua carreira como modelo, se fez escritora, quando narrou os bastidores do nada glamourizado mundo da moda (“Preciso Rodar o Mundo”), e ainda cantou sobre essa experiência. Agora, com 30 anos, Michi se torna apresentadora do canal juvenil que um dia sonhou em fazer parte do casting.

A revista eletrônica semanal “Móv3l”, do canal pago da Viacom, estreia na quarta-feira (05.08), às 21h. “A gente sempre paga mico no programa, acho que todos os que não paguei minha vida toda, vou pagar nesses 20 episódios”, brinca ela, comentando sobre sua estreia ao lado de Luitha Miraglia e José Trassi. Sem soltar spoilers, porque “não tem graça”, dispara: “venho do mundo da moda, desse lance da perfeição, muito retoque… Poder dar risada da sua cara é bem mais interessante. Não sou perfeita 24 horas. (Às vezes eu sou, aloca!) Não estou nem aí se o cabelo deu uma balançada, tem que ser uma coisa natural”.

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O que mudou em sua vida foi a rotina de horários, uma vez que grava muito no período noturno. Mas ela diz não tem do que reclamar, apesar de ser uma pessoa que dorme às 22h e 5h já está de pé. “A parte mais legal é que a gente está envolvido desde a reunião de pauta, dá nossas ideias, não estou ali de atriz. Sou eu, tenho minha opinião. Às vezes um convidado emite uma opinião e a MTV me deu liberdade de falar que não concordo. Isso é o mais legal do projeto”.

No primeiro programa, que fala sobre vida conectada, ela já mostra as garras: “Eu fui contra estar superexposta. Não tem que ficar postando tudo. Tem que ter um limite”, explica, dizendo que não postaria um nude, apesar de já ter feito trabalhos em que mostrava o corpo quase todo em sua magnitude. “Uma é foto de trabalho, a outra seria uma pra mandar pro namorado. Não botaria na rede social. Você tira todo o peso da pessoa que você está mandando. Eu não faria como o Marc Jacobs, acho que ele estava bêbado naquele momento”, ri. “É mais legal a pessoa receber só pra ela. Se todo mundo viu, qual vai ser a graça”, indaga.

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Ela fala que essa transição de modelo para “outras coisas” foi orgânica. Aconteceu durante os dois últimos anos. E que ser escritora é algo que pode levar ao longo da vida. Seu segundo livro, inclusive, está em curso e trata sobre literatura fantástica.

A maior dificuldade, explica, tem sido parar de falar com as pessoas. “Sou tricoteira, quero conversar horas. No primeiro episódio, gravei uma matéria em que tive de pegar o celular de desconhecidos na paulista. E emprestavamnuma boa. Era meio que com câmera escondida. Tão legal parar um estranho”, emenda.

Ainda nestes primeiros episódios, Michi participa de uma batalha de MCs. “Quem canta super bem é a Luitha, o José toca violão. Eu gosto de música, não sou afinada, apesar de ter um ouvido superbom, eu me divirto. Não tem assim… A gente está ali para se divertir”, finaliza.

LOCAÇÕES

Os apresentadores rodam São Paulo em um motorhome, discutindo música, cultura pop, arte, moda etc. A ideia é dialogar com os jovens de todo o Brasil, já que fala dos assuntos do momento, como se fosse uma timeline de uma rede social. Entre os entrevistados desta primeira temporada, Projota, Felipe Titto, Luan Santana, entre outros.

Eles já gravaram no Vão Livre do Masp, na Praça Roosevelt e Parque do Carmo. Já foram gravados dois de 20 desta ‘first season’. Os programas serão gravados até o fim de outubro, quando ela pretende viajar para algum lugar tranquilo para ficar escrevendo o dia inteiro. Nem estreou esta, e já pensa na segunda temporada.

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