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Com novo baterista, O Terno pensa em próximo CD para 2016

Por André Aloi, de Ilhabela*

No fim de 2015, o baterista d’O Terno começou a se atarefar na faculdade de Biologia, na USP, quando teve de fazer uma difícil decisão. Ou seguia sua carreira como biólogo ou partia em turnê com a banda paulista. Optou pela faculdade. Neste 2015, o grupo ganhou um novo integrante, Biel Basile, que orbita entre seus novos companheiros e a antiga banda, Charlie e Os Marretas. Mas o power trio tem prioridade.

Composto ainda por Tim Bernardes (guitarra, teclado e vocal) e Guilherme D’Almeida (baixo), conhecido como Peixe, o grupo explica que quer gravar um disco novo ou um EP. “A vontade é ir pensando, com antecedência, nesses projetos futuros e ir se organizando, ver o que tem vontade, e como fazer essa entrega aos fãs”, explica Bernardes. Segundo RG apurou, o EP de inéditas reunirá uma prévia ainda este ano do que será lançado em 2016.

Entre as influências para a sonoridade da banda, pode ser encontrado no último disco do Siba (“De Baile Solto”, 2015), porque é isso que Basile tem ouvido. “Vou botar pra quebrar”, brinca o novo integrante sobre as novas faixas. Ou algo do repertório de Paul McCartney, em sua aura solo, bem como a discografia de os Beatles e Mac Demarco, que tem tocado no player do vocalista.

“A gente vê na música simples um veneninho e algum temperinho que pode te tocar e ser bacana”, comenta Bernardes. “O mood e a falta dele podem inspirar. Sigo uma ideia quando vejo que ela tem potencial de comunicar algo, que ache divertido ou emocionante. Não tem uma regra, não precisa vir a letra antes… Às vezes, começo na guitarra, vou para o piano e faço a música lá”.

Apesar dos próximos passos, o grupo classifica o último CD como novo. “Vai fazer um ano em agosto. Conseguimos rodar com ele agora, levar para lugares que a gente ainda não tinha tocado, entre outras coisas”, diz D’Almeida, explicando que acabaram de voltar de uma gig pelo Nordeste. Entre outras novidades, a banda lança em agosto uma coletânea em CD em que as bandas do Risco fazem covers de outros grupos do mesmo selo.

A banda ainda tem um clipe, chamado “Ai Ai Como Eu Me Iludo”, com o antigo integrante, que deve estrear no próximo mês. “A gente achou que tinha a ver com a estética do disco, é a música que ele gravou, então a gente seguiu a fidelização do clipe assim”, complementa.

O grupo participou da temporada mais recente do programa “Experimente”, do Multishow. “O bacana de um programa como esse, que está dando espaço para bandas independentes, acho muito válido e muito bom”, pontua o guitarrista.

*O repórter conversou com a banda nos bastidores do Vento Festival, realizado no litoral norte de São Paulo, quando viajou a convite da produção.

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