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“O sistema educacional moderno é muito orientado para os valores materiais e a riqueza externa”, disse o Dalai Lama em Glastonbury

O Dalai Lama fez sua esperada aparição no festival de Glastonbury, na manhã deste domingo (28). O líder tibetano deixou uma mensagem de amor, tolerância e perdão, e criticou conflitos e a cultura consumista.

Aproximadamente mil pessoas se reuniram em torno do Stone Circle, o espaço sagrado do festival, para ouvir o discurso – e cantar um animado parabéns, já que sua santidade faz aniversário no dia 6 de julho. O Dalai Lama iniciou a fala expressando seu contentamento na chegada ao festival que “é feito por pessoas, não por políticos e governos”. “Eu vejo velhos e jovens, todos cheios de alegria”, disse.

O líder budista fez uma forte crítica aos conflitos na Síria, Iraque e Nigéria. De acordo com ele, cometer assassinatos em nome da fé religiosa é algo impensável. “Não há nada de errado com crenças religiosas, mas alguns apoiadores de religiões não tem princípios e convicções morais. Sim, eu sou um budista e asiático, sou a sua santidade o Dalai Lama, mas nós todos somos humanos”, afirmou.

O apelo pacifista do líder espiritual incluiu, também, o que ele acredita ser uma solução a longo prazo para a violência: o ensino de mensagens de compaixão.

“Quer vocês concordem ou não, eu acredito que o sistema educacional moderno – e vários cientistas tem a mesma visão – é muito orientado para os valores materiais e a riqueza externa”, declarou.

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