Top

“Não tento ser essa superstar perfeita”, afirma a dinamarquesa MØ

Por André Aloi

A plataforma Queremos! trouxe para o Brasil a dinamarquesa , vencedora de quatro estatuetas no último Danish Music Awards. A cantora desembarca no país esta semana para trazer toda sua revolta punk com referências pop aos shows de São Paulo, na sexta-feira (29.05), na Audio Club, e no dia seguinte (30.05) ao Rio de Janeiro, no Sacadura 154, em parceria com a o TIM Beta. Nestas praças, RG é media partner das apresentações e você confere a cobertura no nosso Instagram e, no dia seguinte, uma galeria com quem passou por lá. Depois, ela ainda vai a Curitiba.

“Quando tento ser algo que não sou, eu falho. Não tento ser uma superstar perfeita, essa não sou eu”, afirmou a dinamarquesa em entrevista ao site RG por telefone. Antes de aterrissar no País, a cantora e compositora falou que se mudou para Los Angeles, nos Estados Unidos, para trabalhar na divulgação do antigo CD, “No Mythologies to Follow”, lançado no ano passado, e em novas músicas de seu próximo álbum, ainda sem previsão de lançamento.

“Quando se trata de ser perfeita, aceitei há muitos anos que não sou. No que diz respeito a tocar, tirar fotos, se apresentar ao vivo, e tudo o que envolve a indústria da música, tento ser sincera comigo mesma”. Ela diz isso porque foi duramente criticada em uma apresentação no “SNL” no fim de 2014 ao se atrapalhar ao dançar e cantar. Foi no dueto com Iggy Azalea para “Beg For It”.

Mesmo tendo no currículo uma faixa com a australiana e outra com o Major Laser, para a parceria “Lean On”, sua vontade mesmo é de trabalhar com Jamie XX, cabeça mirabolante por trás do The XX. “Adoraria trabalhar com ele e o Tyler, The Creator. Há tantos artistas bons que adoraria”. Será que rola? Ela faz mistério…

A musa, que na adolescência ouvia Spice Girls e veio delas o desejo de se tornar cantora, falou que todo mundo tem a chance de se tornar uma estrela na era da internet. Apesar no passado ter levantado toda uma bandeira, hoje fala que política tem muito blá blá blá. “Era muito insegura, punk… É difícil você crescer e se encontrar. Mesmo agora, com 26, ainda surgem dúvidas. O que eu gosto? Sou boa o bastante?”, indaga.

Para todos esses dilemas, ela parece tem um mantra: “gosto de acreditar que a cada ano que passa, você se torna mais sábio. Sempre vão haver problemas porque quanto mais se sabe, mais entende que é preciso aprender”.

Ela explica que para compor seu estilo se inspira na eterna diva Kim Gordon, do Sonic Youth, e o povo do grunge e punk das antigas, além da cantora Grimes. Suas music cruchs foram o pop e punk, depois, hip hop e eletrônico. Dos brasileiros, sua única referência é o CSS, mas nem lembra de um nome de uma canção.

MØ encerra o papo, falando que está muito feliz em voltar ao Brasil. Em sua última passagem, fez um pocket show fechado para uma marca. “Estou muito animada para conhecer meus fãs”. Em sua última tour pelo País, conheceu o Cristo Redentor, no Rio, e alguns restaurantes com frutos do mar. “Quero ver coisas locais”, finalizou.

SERVIÇO

MØ  em São Paulo
Sexta, 29 de maio, às 21h
Audio Club – Av. Francisco Matarazzo, 694
Água Branca – São Paulo – SP
Ingressos aqui: R$ 240 (opção de meia-entrada)

MØ  no Rio de Janeiro
Sábado, 30 de maio, às 22h
Sacadura 154 – Rua Sacadura Cabral, 154
Saúde – Rio de Janeiro, RJ
Ingressos aqui: R$ 200 (tem meia-entrada)

Mais de Cultura