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Ana Carolina estreia show no Rio de Janeiro e manda avisar: é pra dançar!

Por André Aloi

Ana Carolina manda avisar: seu novos CD e DVD são dançantes. Ela vai pegar a estrada com a turnê do recém lançado “#AC ao vivo” e tem parada nesta sexta-feira (08.05) no Rio de Janeiro, no Vivo Rio. O show marca seus 15 anos de carreira e o repertório pontua sua trajetória com músicas como “Uma Louca Tempestade”, “Rosas”, “Garganta”, “Quem de Nós Dois”.

“Todos os sucessos.. Isso eu tinha que fazer”, explica, ressaltando que é para todo mundo dançar. “Eu acho que é mentira quem fala que não quer que sua música toque na novela, que não quer que todo mundo te conheça. Se você é um artista, está se expressando de uma maneira, você precisa que escutem seu trabalho”.

Com todo esse sucesso, Ana se classifica como uma pessoa vitoriosa. “Fiz muitos duetos importantes, que prezo muito”, afirma ao enumerar parcerias “bacanas” com Tony Bennet, John Legend, Seu Jorge, Tom Zé etc. “Acho que vou continuar fazendo meus duetos e encontros com outros cantores e compositores”, adianta.

Ela comenta que faz muitos saraus em sua casa, na região do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, que recebem visitas ilustres. Já tocaram por lá Norah Jones, Madeleine Peyroux, Seu Jorge, Carlinhos Brown, Ivan Lins. “O futuro é fazer parcerias para compor e gravar”. Se pudesse escolher alguém para fazer um dueto, vivo ou morto, escolheria Elvis Presley.

Aos 40 anos, a também compositora não acredita que no Brasil exista um preconceito contra a idade no meio da música. “Roberto Carlos… Você conhece?”, ironiza. “O cara mais tocado durante anos, continua sendo o grande Rei com a idade que tem (74 anos) e cantando pra c…”, emenda. “E o Tony Bennet é o Frank Sinatra da nossa época, acabou de gravar um disco com a Lady Gaga, provando justamente o contrário”.

Ao citar artistas da nova geração que ela ouve no dia a dia, foi reticente. “Posso elencar por horas”, ri, antes de enumerar: “gosto da Duda Brack, Mosquito, Thiago Pethit, Alice Caimmy”. Quando não está nos palcos, escuta de tudo um pouco, lê bastante. “Gosto de editar vídeos e tal. Tanto que para o show, editei seis videoclipes nesse DVD e editei mais de 15 canções do videoclipe. Fiz um curso de Final Cut (software profissional de edição de vídeo). Acho importante, por um lado, ter o controle total da obra. Vejo muitos DVDs com falta de sincronia e isso me enlouquece. O que me incomoda não  deixo repetir no meu”.

SEM PAPAS NA LÍNGUA
Bissexual assumida, Ana não se esquivou em responder aos ataques verbais da ala conservadora sobre o casal gay da novela “Babilônia”, da Rede Globo, interpretado por Fernanda Montenegro e Nathália Timberg. “Algumas pessoas colocam terno, passam pó na cara para ir à TV fazer esse tipo de agressão. Eu acho muito engraçado a pessoa que tem essa postura. Ela deve ter algum problema em relação a isso no sentido de pensar em transar com algum igual, não ter coragem, e vir falar mal. Ninguém tem que se preocupar com quem você se deita. Afinal de contas, acontece entre quatro paredes”.

Sobre a aceitação do público quando ela resolveu vir à tona e revelar a sexualidade, diz que tem sorte. “Tem gente que pensa: ‘você vai ser abandonada se contar a verdade’. Imagina! Nada disso aconteceu comigo”. E citou outro momento de apoio por parte dos fãs: “tenho diabetes tipo 1, então quando falo eu posso ajudar… Tem muita gente que fica triste quando adquire uma doença crônica. Acho que dá uma força quando você: ‘eu sou também, tô vivendo minha vida e fazendo meu negócio. Vamo (sic) lá!”.

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