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“Estrada 47” resgata a história dos pracinhas brasileiros na 2ª Guerra Mundial

Por Priscilla Gonçalves

Nesta quinta-feira (07.05), estreia nos cinemas brasileiros o filme “Estrada 47“, de Vicente Ferraz. O longa de ficção tem como pano de fundo a história de mais de 25 mil soldados da FEB (Força Expedicionária Brasileira) que deixaram o Brasil para lutar na 2ª Guerra Mundial.

Os “pracinhas”, assim denominados pelos livros de história, eram soldados de origem pobre, despreparados e tiveram que aprender na marra a lutar pela sobrevivência. Na trama – que é uma espécie de colcha de retalhos que une ficção, relatos históricos e cartas de ex-combatentes -, os soldados são interpretados por Daniel de Oliveira (Guimarães), Julio Andrade (Tenente), Francesco Gaspar (Piauí) e Thogun (Laurindo).

“Imaginar que há 20 anos atrás um exército latino americano de um país tropical mandou 25 mil meninos para o outro lado do Atlântico e ainda lutar contra o maior exército da história no pior inverno do século na Itália é algo surreal, mas existiu”, destaca o diretor Vicente Ferraz.

A inspiração de Ferraz veio de Rubem Braga e seu livro de crônicas sobre a 2ª Guerra Mundial que mexeu com a imaginação do cineasta. “Se você ler as 80 crônicas do livro, você vai imaginar 80 filmes diferentes, que vão desde as histórias mais humoradas até as dramáticas e trágicas”, explicou.

Mas nem tudo foram flores nas filmagens de “Estrada 47”: os atores trabalharam duro nas filmagens enfrentando a neve e colocando em prática os ensinamentos dos soldados da Força Expedicionária Brasileira – que explicou desde a elaboração de uma granada até o manuseio do equipamento mais moderno.

A preparação dos atores ainda continuou na Itália. Sob o comando do preparador de elenco Cristiano Durrot, os atores tiveram que se adaptar ao clima e às condições nada confortáveis do inverno europeu. Com co-produção Brasil-Portugal-Itália, uma equipe de profissionais estrangeiros e brasileiros deram as mãos para que a história parecesse mais a mais real possível.

“Eu não queria fazer um filme de guerra. O que me interessou de fato não foi o aspecto militar da história, mas aqueles brasileirinhos que atravessaram o Atlântico por várias razões e foram parar nesta guerra para combater o fascismo. As histórias se perderam no tempo”, justifica o diretor. Não mais…

 

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