Por André Aloi
Parecia que Ed Sheeran não queria que o primeiro show no Brasil chegasse ao fim. O cantor inglês ficou realmente emocionado com o coro dos fãs brasileiros e com o clamor da plateia, que gritava incessantemente “Ed, eu te amo”. Chegou a dizer que os fãs brasileiros o receberam, até mesmo, melhor que os de seu país de origem.
Vestindo uma camisa oficial da CBF (com o número 10 grafado nas costas junto ao seu nome), e com uma bandeira do País presa ao pedestal, desfilou hits conhecidos do público, como “Thinking Out Loud” e “I See Fire” (trilha sonora de “O Hobbit“), nesta terça-feira (28.04), no Espaço das Américas, em São Paulo.
Apesar de o setlist ser praticamente o mesmo por onde o ruivo tem passado, a primeira apresentação por aqui teve ainda “Give Me Love” e um cover de “Feeling Good”, de Nina Simone, além de “You Need Me, But I Don’t Need You”, com um rap direito a refrão de “Fancy”, de Iggy Azalea, no bis.
O que mais chamou a atenção nessas quase duas horas dele no palco é que não havia banda. O cara é o chamado “one man band”. Toda a parte instrumental comandada pelo próprio artista, que se divide entre violão e guitarra. Todos os arranjos são controlados por um pedal eletrônico, que dá “repeat” numa sequência de acordes, que ele faz na introdução das músicas, quando o cantor quer ir de um lado a outro do palco.
Tamanha a gritaria e euforia do público, que quando o cantor parava para conversar, era quase impossível ouvir o que ele tinha a dizer, apesar do público reagir sempre com gritos e aplausos. “É muito bom vir para o Brasil. Vim de muito longe e escutei que o Brasil é muito apaixonado por música. E vocês demonstram muito mais amor que meu próprio país”, derreteu-se em uma dessas conversas.
O cantor encerrou a apresentação com o hit “Sing” e deixou o público com gosto de quero mais. Sem se despedir, saiu de cena no ápice da emoção, quando a plateia cantava em coro do refrão.
Ele volta a se apresentar na capital paulista nesta quarta (29.04) e, na quinta (30.04), se apresenta no Rio.