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MECA festival vai ganhar edições nos EUA e Inglaterra, diz produtora

Por André Aloi

“Made in Brazil”, o MECA Festival quer expandir as fronteiras. Uma das sócias da marca, a produtora inglesa Francesca Wade, garante para RG que entre os planos de organizar o festival fora do País estão Nova York e Los Angeles, nos Estados Unidos, além de Londres, na Inglaterra, ainda em 2015.

RG MOSTRA O CLIPE SOBRE O FESTIVAL EM SÃO PAULO EM PRIMEIRA MÃO. DÊ O PLAY!

Os hermanos da América Latina também podem ganhar sua versão do maior menor festival do mundo, que a produção adotou como slogan. Mas os outros continentes vêm primeiro, e podem tomar corpo ainda este ano. “A gente é muito ambicioso”, ri, Francesca, acrescentando: “a gente sonha muito, muito alto. Se a gente só for pensar no que é possível fazer, não chega lá”.

Outra novidade é que, ainda em 2015, novas edições do MECA Present (quando há apenas uma ou duas atrações no line-up) devem acontecer nas mesmas praças de onde já rolam o festival. Além disso, o grupo quer aumentar a “MECA Family”, uma espécie de rede social que aproxima betas e alfas com o intuito de expandir a marca. “O  público é superimportante. Trabalhamos muito pra atingir as pessoas certas”.

O festival indie, que acontece desde 2011 no sul do país – começou em Xangri-lá, no litoral do Rio Grande do Sul e agora toma conta de uma fazenda em Maquiné -, e que desde então só vem crescendo, já ganhou edições nas capitais fluminense e paulista. Mais recentemente em Inhotim, em Brumadinho (distante 60 km de Belo Horizonte), Minas Gerais.

A intenção do festival, segundo a produtora, é crescer em relevância, não em tamanho. “A gente tem um público estimado de 4 mil pessoas em São Paulo, outras 4 mil no Rio e 5 mil no Sul. Não queremos levar mais do que isso. Não queremos ser um festival de25 mil pessoas, mas vários de 4 a 5 mil”, enumera. Em Inhotim, por exemplo, o grupo conseguiu reunir cerca de 700 pessoas, mesmo anunciando em cima da hora. Tinha ônibus saindo do Rio e de São Paulo.

FORMATO
O MECA não é só um festival de música, segundo a produtora. “Não se trata apenas de colocar uma banda no palco. É sobre a experiência dos músicos e do público, além das marcas envolvidas. São os três pilares superimportantes para nós”, frisa.

Francesca fala que, quando “vende” a ideia do festival lá fora, fala para os produtores que é para os grupos encararem como se eles viessem tirar férias, e no meio disso fazer algumas apresentações. “Está nevando aonde você mora, vem pra cá, tocar em vários lugares lindos”, convida, contando que o resultado do sucesso tem a ver com o lugar, bandas felizes e acerto de público. “Daí a mágica acontece. Porque as bandas fazem uma performance melhor no palco. Com isso, o público vai ficar mais feliz. Daí cada um completa o outro…”, conclui.

TIPO EXPORTAÇÃO
Picada pelo ‘travel bug’ de sempre, Francesca vai passar um tempo em cada um dos destinos apontados a fim de entender o mercado de shows lá fora. “Eu nunca tinha ficado tanto tempo em um lugar. Com meus pais, o máximo que fiquei em uma mesma casa foram dois anos. Eu acredito que a gente consegue leiautar nossa vida… Passar 6 meses aqui, 3 meses ali… É uma coisa que quero investir. Eu tenho raízes comigo”.

FROM UK
Com o português na ponta da língua, mas que de vez em quando escapa uma palavra ou outra em seu idioma de origem, Francesca Wade, de 30 anos, nasceu em Kent, na Inglaterra. Apesar de ser o clichê inglês – prova disso foi sua pontualidade no horário que marcamos a conversa -, viveu a infância e a juventude na Escócia, no Egito e na Noruega. Seu pai trabalhava com petróleo e vivia viajando. Formou-se em Designer Gráfico pela Universidade de Brighton, sempre trabalhando em muitas coisas – mas nada relacionado à música.

Terminou a faculdade, voltou para Londres, foi para a Fabrica, onde acontece a United Colors of Benetton, na Itália. É uma espécie de residência para pessoas criativas, mescla entre agência e escola com clientes de verdade. Por lá, conheceu muitos brasileiros. Com todo o background e globetrotter de primeira, uma amiga sugeriu que ela viesse conhecer o Brasil.

SANGUE BOM
Antes de estabelecer-se na capital paulista, Francesca morou por 2 anos no Rio de Janeiro. Com a empresa Todos, sócia com o marido brasileiro Rodrigo Santanna – com quem está junto há 3 anos -, toca, além do festival de música, outras duas ideias: Pause (uma bebida par relaxar, que funciona como o oposto de um energético. Está à venda nas lojas Wallmart, em SP) e Dr. Jones, uma linha de produtos estéticos tupiniquim voltado para o público masculino, como spray hidratante e loções para barbear.

De malas prontas para LA, vai passar um tempo indo e voltando. Em seu playlist, sua última descoberta é a banda Jungle, por onde também já passaram London Gramar e Chvrches. Seria um termômetro do que pode vir para uma dessas pequenas festas? Vamos aguardar…

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