por Duda Porto de Souza, especial para RG
Conheci Luísa Hanae Matsushita, minha irmã de coração, em 2000, já o CSS começou em 2003, e como todos sabem, virou uma febre mundial. Morávamos num apartamento na General Jardim, no centro de São Paulo, cercado de imagens inspiradoras. Luísa sempre compôs com muita facilidade mas o que sempre me impressionou foram seus desenhos, de traço intenso e irreverente. Acompanhei todas as turnês e alegrias da banda, que continua ativa e disponível para shows. Mas 2014 foi um divisor de águas na carreira desta jovem natural de Campinas. A pintura sempre esteve encravada em seu DNA. “Pintura, poder pintar, conseguir pintar são três elementos diferentes mas é tudo familiar pra mim, é onde me sinto confortável”, conta Luísa para RG.
Começamos um trabalho juntas em setembro, após sua exposição solo na galeria Percy, em Oakland – Califórnia, na qual ela apresentou desenhos de onças pintadas em sumi ink. Não contávamos que em janeiro de 2015 teríamos uma fila de espera de grandes colecionadores querendo adquirir suas obras. Referências do movimento abstrato minimalista dos anos 50, tribalismo, feminismo, a paixão por artistas como Sonia Delaunay e Lee Krasner podem ser vistas em suas pinturas, mas o que mais se destaca é um crescimento espiritual e uma forte relação com a natureza e a sustentabilidade. “Ao mesmo tempo pintar é muito desafiador. É um enfrentamento que me deparo todos os dias pois é tudo que eu penso. Um processo que dentro de todos seus aspectos o que soa mais alto é alegria”, completa a artista. Para 2015, focamos em uma exposição no Japão e outra em São Paulo. Quer prova de que a vida pode e deve sempre ser reinventada?
Conheça os trabalhos de Luísa Matsushita: luisamatsushita.com.br