Se Paulo Leminski parecia ser a motriz inspiradora de Danislau em seu primeiro livro, “Herói Hesitante”, lançado há oito anos, ele agora está mais próximo do universo bukowskiano em seu novo trabalho, “Hotel Rodoviária”. Sensual, pop, underground, o novo trabalho dá bastante espaço ao sexo e à violência no novo trabalho.
Na trama, o protagonista Jim da Silva encarna diversos papéis, como o de ator pornô, narrador de strip-tease, de lutas de boxe e até padre, numa atmosfera meio faroeste, meio rock’n roll. Envolvido num triângulo amoroso às avessas, o roqueiro é a semelhança escarrada do vocalista do The Doors, Jim Morrison.
“O personagem é um cara da linguagem, ou ele é um narrador de strip-tease ou é um roqueiro. Ele radicaliza, levando as coisas sempre ao topo e pra ele tudo é sempre muito sexual, no sentido de se constituir como uma grande transa. O Jim vive com a intensidade de uma eterna trepada”, conta o autor sobre a trama.
O layout do livro é um charme. Assinado pelo estúdio LuOrvat Design, que já trabalhou com Itaú Cultural, Tulipa Ruiz e Vanguart, o projeto editorial buscou inspirações no estilo bang-bang e referências da pop art.
E RG adianta: “Hotel Rodoviária” terá alguns eventos de lançamento por aí – e com música, porque, afinal, o escritor não vive sem os palcos. A largada acontece em São Paulo, dentro da programação da Balada Literária, no sábado à noite, 22, na Confraria Nossacasa, com show do Porcas Borboletas.
Depois, dia 9 de dezembro, faz evento em Belo Horizonte, dia 12 em Uberlândia, e termina no Rio de Janeiro, dia 17, no Audio Rebel, com apresentações de Botika e Do Amor.