Pitty abre o jogo para RG

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Por Priscilla Gonçalves

“Sempre teve música em casa, desde que consigo lembrar”, assim começa a primeira página da cronografia de Pitty que acaba de sair do forno trazendo toda a trajetória da carreira de Priscila Novaes Leone em fotos. E que belas fotos!

Quem acompanha a roqueira desde o início de tudo sabe bem que a artista completa que ela é e o impacto que as letras das músicas escritas por ela causam até em quem não é fã da cantora. É um misto de inteligência, sensibilidade e é claro, muita personalidade.

Tudo isso rendeu a Pitty, mais de 15 milhões de álbuns vendidos na carreira, sendo uma das bandas de rock que mais venderam nos anos 2000, mais de 60 prêmios da categoria e um total de 7 álbuns lançados,incluindo seu projeto paralelo “Agridoce”, um dos trabalhos mais surpreendentes de Pitty.

RG bateu um papo com a cantora em que ela abre o jogo sobre o livro, personalidade, ideias e também sobre o disco recém lançado ‘Sete Vidas’. Confira agora!

RG: Olhando hoje toda a sua trajetória de vida e carreira ilustrada de uma forma tão especial no seu livro, do que você tem mais saudade?
Pitty: Não tenho saudade de nada eu acho. Eu me sinto feliz e grata de olhar pra trás e ver tudo o que aconteceu, e como cada coisa foi importante na construção do agora, cada pessoa que passou e contribuiu para esta história. Eu quero mais é o futuro.

RG: Em “Agridoce” nós conhecemos uma Pitty diferente do que estávamos acostumados. Você também descobriu um outro lado seu que não conhecia?
Pitty: Sim, e foi ótimo descobrir isso. É uma coisa maravilhosa se desconstruir, abdicar de tudo o que você acha que já está estabelecido e sacramentado sobre você mesmo, se jogar no desconhecido. É emocionante e enriquecedor.

RG: Você ficou dez meses longe da mídia e da vida pública. O que você fez durante esse tempo?
Pitty: Criei, escrevi, cuidei de recuperar a minha saúde e meu corpo. E principalmente produzi bastante, fiz músicas com outras pessoas, vivi outras experiências e acumulei munição.

RG:Você se cobra muito?
Pitty: Muito. E faço um exercício para me cobrar menos e ser menos rigorosa comigo mesma, me deixar levar mais pelo acaso. Tenho uma tendência obsessiva e perfeccionista, e vou desconstruindo isso quando tenho oportunidade.

RG:Você é considerada uma das melhores letristas do país e suas composições tocam muito quem escuta seu trabalho. Como você se inspira?
Pitty: De diversas formas, não há fórmula, mas livros, discos e filmes são fundamentais nesse processo. E também observar as coisas ao redor, e os papos com os amigos, e às vezes o clima, ou um cheiro específico.

RG:”Setevidas” tem uma pegada mais pesada e rock n roll . Essa caraterística tem a ver com a fase difícil que você passou?
Pitty: Deve ter, mas acho também que tem a ver com a saudade que eu estava de compor e gravar rock, bem como um amadurecimento natural de carreira. É uma sonoridade que eu venho tentando chegar desde o primeiro disco, mas que só foi possível agora por conta da experiência, do tempo, de tudo.

RG: Como artista, você sente falta de mais bandas com mulheres no vocal principalmente no cenário do rock?
Pitty: Acho que seria lindo e interessante para a cena como um todo que isso acontecesse. Agregaria outras sensações, discurso, valores. Democratizaria e equilibraria mais o jogo também.

RG: Você se inspira hoje em algum artista ou banda? Tem alguém que você gostaria de compor ou de repente fazer alguma parceria?
Pitty: Admiro várias pessoas, em diferentes áreas. Na música, gosto muito do Josh Homme e do Queens of The Stone Age, gosto da PJ Harvey e da Alisson Mosshart e também do Arcade Fire.

RG: Você já deixou claro que não tem preconceitos em relação a outros tipos de som, inclusive quando algum artista que não é do rock acaba cantando suas músicas em shows e etc. Você já pensou em fazer alguma parceria inusitada?
Pitty: Já fiz várias, e sou aberta a experiências. Mas isso não significa que não há coerência nas minhas escolhas. Pode saber que a cada vez que uma coisa dessas acontece é porque existe um link; sonoro, ideológico ou estético.

RG: Qual foi o melhor momento da sua carreira? Aquele que você lembra e fica emocionada só de imaginar?
Pitty: São vários! O Rock In Rio foi um momento emocionante, a primeira vez que a gente tocou ao vivo na TV ( no VMB, há muitos anos atrás), quando eu cantei com a Rita Lee.
A vida tem sido generosa comigo 😉

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