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A máscara caiu

Entrevistamos o artista por trás da máscara de DESAMPA, nome novo e misterioso da música paulistana. Ainda sem revelar a identidade, o RG conta um pouco mais de sua personalidade

O mais novo frisson do circuito alternativo paulistano não tem rosto. É um cantor. Atende pela alcunha de DESAMPA, assim, em caixa alta. Ninguém viu seu rosto. Só RG.  😉

Ao passo em que chama atenção pelo mistério da identidade (até amigos próximos não sabem que ele é ele), o moço também se faz notar pela música, um pop cantado em inglês, que une piano clássico a riffs eletrônicos. RG encontrou o cara, sem a máscara, sob a promessa de manter seu segredo. Desmascarado, revelou a sua origem. Nascido no Paraíso e criado no Morumbi, em São Paulo, é um rapaz eloquente de 20 e poucos anos. O piano foi seu primeiro contato, precoce, com música. Da formação em publicidade, vem o cuidado estratégico com sua arte. “Penso em cada detalhe do meu trabalho, até mesmo na forma da máscara, que reflete meu interior, minha alma.” Alma que usa para definir seu ritmo. “Faço soul music.” Em seu portfólio, curto, mas consistente, dois EPs. Em Err (2013) ele expressa agonias com a vida metropolitana; em Hue (2014) a apreensão dá espaço a tons de otimismo – resultado, dentre outras coisas, de seu namoro – que evita comentar, vestindo a máscara.

Se pretende revelar a identidade? “Do jeito certo, quando fizer sentido.” Por ora, segue no anonimato. Bonito e talentoso, promete sucesso, até mesmo quando a máscara cair… Se bem que, se a propaganda é a alma do negócio, tirar a máscara por que mesmo? Banksy style.

soundcloud.com/desampa

Em tempo: Você ouviu DESAMPA antes por aqui. No início de maio, o artista lançou seu novo EP, Hue. Alguns dias depois, ele preparou uma mixtape especial, cheia de referências bacanas para o novo trabalho. Não deixe de conferir!

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