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O Espetacular Homem-Aranha 2: crítica

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Por Eleonora Rosset

O Homem-Aranha é o único super-herói que assume plenamente sua fragilidade de ser humano.  Ele tem medo e humor. E, por isso, conquista de cara a simpatia das plateias, em suas diferentes versões para o cinema.

Há quem prefira o primeiro filme de 2002, de Sami Raimi, que dirigiu a trilogia com o ator Tobey Maguire. A história que é contada é a de um garoto que, picado por uma aranha do laboratório do pai, sofre uma mutação. Criado pelos tios, porque seus pais cientistas tem que fugir, sofre “bullying” na escola e torna-se um adolescente com medo de viver, apesar de seus superpoderes. A identificação com todos os jovens do planeta Terra, que sofrem porque tem que crescer, é fácil e direta.

E a satisfação e o frio na barriga que sentimos com seus voos, faz lembrar montanhas-russas, bungee jumping e quedas livres, para quem já experimentou essas loucuras na vida real ou apenas sonhou com elas.

Agora, com Marc Webb (“500 Dias com Ela”) na direção, tudo continua o mesmo, mas mais movimentado e o nosso herói mais seguro e mais apaixonado, vivendo mais conflitos internos.

Mudaram os atores. E Andrew Garfield como Peter Parker, o Homem-Aranha e Emma Stone como a namorada dele, Gwen, nunca tiveram uma sintonia tão intensa.

O filme tem um prólogo que recorda o que aconteceu com o menininho que pensa que foi abandonado. Mas, antes da queda do avião que conduz seus pais, vemos um “download” ser completado com desespero. Uma confissão vai consolar Peter e ajudá-lo a aceitar a realidade da morte.

Sem perder a graça infantil, que faz dele um herói amado, o Homem-Aranha vai ter que enfrentar não só inimigos, como o carente e transtornado Electro (Jamie Foxx, excelente), o Rhino (Paul Giamatti) ou seu antigo colega de escola, Harry Osborn (Danny DeHaan), que se transforma em um sádico Duende Verde. Isso ele tira de letra. As cenas das lutas prendem na teia do Aranha também a plateia, e não se vê ninguém olhando na telinha do celular ou passando mensagem no cinema.

O pior para Peter Parker, e para qualquer ser humano, é o enfrentamento das dores que sofremos para viver o amor.

Percebendo a necessidade que tem de Gwen, de sua presença amorosa e bela, de sua ajuda inteligente em momentos difíceis, Peter não quer que ela o abandone. Mesmo tendo prometido afastar-se dela, ao pai já morto de Gwen.

A tia May, vivida por Sally Field, está no lugar da mãe dele e recorda ao menino órfão o que é amar do fundo do coração.

Por causa de seus próprios sofrimentos, o Homem-Aranha compreende e ampara aqueles que estão desamparados em perigo. Ele é um herói empático, que não procura glórias, mas amor. Essa história vai ter mais três filmes, o último em 2018.

E, atenção! A cena adicional não é do próximo filme do Homem-Aranha, mas uma publicidade  de um filme da Fox, em troca da liberação do diretor Marc Webb para a Sony. Isso atrapalhou muita gente.

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