POR Rosana Rodini FOTO FELIPE MOROZINI
A foto de uma lhama passeando de coleira por São Paulo foi o assunto das últimas semanas em várias rodas, com direito a opiniões acaloradas nas redes sociais; de comentários debochadas a defesas inflamadas do direito de se manter um animalzinho deveras exótico em casa. A pivô da polêmica é Amora, seis meses, ruminante com pedigree. Nasceu na Capuava, fazenda dos Diniz. Dinho, um dos donos, tratou de importá-la para a capital. Na primeira semana, um acidente: “Ela caiu na piscina de casa. Ao secá-la, descobri que era macho”, diz seu dono, excêntrico e notório amante dos animais, enquanto elogia os olhos de Amora. “Reparou como são lindos?” Amora seguiu Amora, mesmo depois da “descoberta”. Toma banho a cada 15 dias, come folhas, sementes e feno. E passeia diariamente, com a devida segurança para os transeuntes, pelo bairro nobre dos Jardins, onde mora. “Elas são dóceis, uma delícia. Só cospem quando ficam muito excitadas. Mas vou castrá-la, aí fica mais mansa.”
De fato, o gênio do bicho transformou a lhama em pet-hit. É legal (e não ilegal, como foi dito em um comentário) tê-la em casa. Nos Estados Unidos, virou o animal de estimação do momento. Tendência? “Não sei, eu tenho há tempos. Mas sei que não adianta nada ter uma se não puder cuidar. Precisa de espaço, de carinho, de acompanhamento profissional.” Requisitos que Amora tem de sobra. Vive num jardim gigante, na companhia de outros animais não convencionais.
A lhama, toda prosa, não deixará o spot tão já: será a próxima estrela da Karavelle, marca de cerveja premium de Dinho em sociedade com Seu Jorge, o cantor. Vai aparecer ao lado de outra estrela de Dinho, Dudu, o macaco que divide o extenso jardim da casa com Amora. No dia da foto, Dudu brincava com outro macaco. “É a Juliana, da Renata Scarpa”, explicou André, adestrador que também cuida da cacatua de Chiquinho Scarpa e dos macacos do cantor Latino, outros que costumam frequentar a mansão de Dinho.