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Amor hard-core

A modelo Marina Dias faz seu début artístico em série de ilustrações sadomasoquistas

“É sobre amor. Falo de distância, de estar longe ou estar perto. Viajei a vida inteira. E a vida de modelo pode ser muito solitária. No fundo, é sobre saudade.” A explicação é de Marina Dias, eterna top brasileira e ícone dos anos 1990, que agora se revela também artista. Marina acaba de abrir a sua primeira exposição, na PLATAFORMA (assim em caixa alta), o centro cultural de Houssein Jarouche, num casarão da Bela Vista, em São Paulo. “Imagens que dialogam com um amor impossível por meio de personagens tentando agarrar um coração.” Partem de um estudo feito em grafite em caderno Moleskine. Depois ampliadas em papel, em silk. BNDG, de Bondage, foi inspirada na obra do fotógrafo japonês Nobuyoshi Araki, uma das suas principais referências. Referências que ela coleciona desde os 16 anos, quando rabiscava seus caderninhos com poesias, frases, desenhos. “Criei uma estética muito própria. Só mais tarde fui fazer aula de desenho”, segue a tatuadíssima moça. Agora, aos 37 e longe das passarelas, quer focar na nova carreira. “Meio que me aposentei como modelo. Hoje sou a convidada especial, a musa, a homenageada, a amiga do estilista”, conta ela, que é multiuso: atua ainda como diretora de casting e coreografia e é um dos vértices do projeto De Polainas, coletivo de DJs paulistanas. Top!

Serviço:

BNDG, de Marina Dias

Plataforma

Rua Major Diogo, 91 – Bela Vista

De seg. à sab das 10h às 17h. Tel.: 11 3105 8362

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