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Marcelo Serrado @RG: “Não é miragem, voltei!”

Nosso diretor bate um papo com Marcelo Serrado, astro que dá vida ao mordomo Crodoaldo Valério. Das telinhas às telonas

por Jeff Ares

foto Lisa Graham

Crodoaldo Valério, o mordomo gay do folhetim que fez de Marcelo Serrado um fenômeno pop, volta à cena, agora nos cinemas, com um filme inteirinho pra ele – a glória maior de um coadjuvante.

Crô – O Filme estreia este mês, de olho no grande público das férias. Inclusive nas crianças. Uma comédia gay para menores? Novos tempos… Dirigido por Bruno Barreto, o filme tem roteiro de Aguinaldo Silva, autor de Fina Estampa – a novela em que o mordomo não matou ninguém, mas roubou a cena.

Dono de uma vultosa lista de conquistas (a saber, heterossexuais), bem casado com a bailarina Roberta Fernandes (com quem tem dois gêmeos), Serrado conversa com RG sobre carreira, cantadas e laquê.

RG: Quem recebe mais cantadas, Marcelo ou Crô?

Marcelo Serrado: Crô. Fato!

RG: Você reage melhor a uma cantada de um cara, hoje, do que já reagiu?

MS: Recebi poucas… Mas sempre reagi bem e com humor.

RG: Você passou meses como o Crô na novela. Agora, de novo, no cinema. Deu pra ficar um pouquinho gay?

MS: Será?… Vi algumas cenas da novela pra revisitar a personagem, sempre indo no “sentimento”. O tipo já é muito forte…

RG: Ser um homem feminino não fere o seu lado masculino?

MS: Essa é a chave… “Sem nunca perder a ternura.”

RG: Você participou do roteiro do filme, da construção das novas peripécias de Crô?

MS: Dei opiniões, Bruno é um diretor muito generoso nesse sentido. E Aguinaldo foi perfeito no roteiro.

RG: O topete do Crô no filme tem mais laquê ou é impressão?

MS: Megalaquê… Não quero ver um tão cedo… (risos).

RG: Você é um ator dos bons da sua geração, desses que compreendem o ofício. Fazer um personagem popular em uma novela, e levá-lo para o cinemão, é uma ameaça à sua aura mais “cult”? Ou isso não te interessa?

MS: Não só ganhar prêmios, mas fazer algo tão popular como o Crô, chegar na massa, é talvez algo que um ator passe a vida querendo encontrar.

RG: Atuar te deixou milionário como o Crô?

MS: Depois de Crô, a vida está um pouco melhor… mas o importante é não se perder, nunca!

RG: O Crô é um fenômeno infantil. Você acha que a personagem ajudará a educar uma geração em relação à homofobia?

MS: Com certeza! Durante a novela, todas as crianças o imitavam sem nenhum tipo de preconceito.

RG: Você foi convidado para participar mais ativamente da causa gay? Tem vontade de fazer algo neste sentido ou não é o caso?

MS: Já fui a várias passeatas, sempre que me chamarem estarei a postos!

RG: O que te dizem as ideias do deputado Marcos Feliciano?

MS: Sem comentários. Não temos de falar dele, pois é isso que ele quer.

RG: Seus amigos continuam fazendo piadinhas ou já deu?

MS: Se deu, eu não sei… Mas todos amam a volta da “bee”.

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