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Exclusiva RG: Alex James, baixista do Blur

Colocamos nosso repórter, fã do Blur, para bater um papo com Alex James, o baixista da banda, que toca no Planeta Terra dia 9. O resultado tá aqui

por Eduardo do Valle

Seria uma entrevista qualquer, um dia qualquer. Falaríamos sobre o Planeta Terra, sobre a escalação do festival e sobre as músicas do show. Seria assim, se não fosse Alex James, baixista do Blur, do outro lado da linha. Fã confesso do Blur desde os tempos de moleque, me criei ouvindo a banda. Aprendi inglês para entender “Parklife”. Sofri quando a banda entrou em hiato, em 2003. Aquela coisa toda.

E foi o fã que falou mais alto quando, ao fazer a primeira pergunta, abandonei o roteiro e fui direto à ferida: afinal, esse chove-não-molha do Blur vai durar? Essa reunião, que já dura cinco anos, é pra valer? A banda vai acabar? Devemos esperar material inédito?

Alex riu. Entendeu que eu era fã, nem foi preciso dizer. Me respondeu cada pergunta com clareza – mesmo quando a resposta era um sonoro “não sei”.  Disse que o hiato da banda foi bom para que ele pudesse cuidar de sua família e se dedicar à fabricação de queijos (uma paixão). Contou que é fã da comida do nosso Alex Atala. E disse que o Blur voltou por amor: amor à música, amor aos fãs. “Isso é incrível, estamos amando esse momento, cada show. Se isso vai durar até o próximo ano? Não sei, mas no momento é o que amamos e estamos aproveitando isso, fazendo valer a pena”.

RG: Vocês se juntaram pra fazer uma reunião da banda, mas essa reunião já dura quase cinco anos. Como isso aconteceu?

Alex James: Nós lançamos Think Tank em 2003, e foi quando o hiato da banda começou. Foi uma coisa boa, sabe? Digo, os shows tomavam muito tempo e esse hiato nos ajudou a cuidar de outros aspectos das nossas vidas. Eu casei, cuidei de minha família, me dediquei a fazer meus queijos, que é uma coisa que eu amo. Quando nos juntamos para fazer o show no Hyde Park, em 2009, percebemos o quanto amávamos aquilo e o quanto aquilo foi bom para nós. E então vieram as Olimpíadas e o convite para tocar lá, que nos animou bastante. Fazemos porque curtimos, porque amamos. É por isso que estamos aqui.

RG: Mas devemos esperar algum novo material, existe algum projeto a caminho?

AJ: Eu não sei. Eu não acho que nenhum de nós sabe. No momento estamos nos dedicando aos shows, às apresentações. Tem lugares em que nunca tínhamos tocado, como Hong Kong, por exemplo, e é legal saber como  faço cada show como se fosse o último, me divirto nas apresentações. É claro que as pessoas nos perguntam isso o tempo todo e pensamos nisso, de vez em quando, mas sem pressão.

RG: Você fala que faz todos os shows como se fosse o último. Você sabe que isso passa pela cabeça dos fãs, não? Digo, que a banda pode acabar a qualquer momento.

AJ: Quem sabe? Como eu disse, estamos fazendo o que amamos. Foi no Hyde Park que entendemos que isso é o que gostamos de fazer. Então decidimos ir a cada lugar que já tínhamos tocado e agradecer pelo carinho e pelo apoio. Também temos passado por lugares que não conhecíamos e é incrível como a nossa música faz sucesso – e é incrível que o nosso público ainda é muito jovem. Estamos amando esse momento, cada show. Se isso vai durar até o próximo ano? Não sei, mas no momento é o que amamos e estamos aproveitando isso, fazendo valer a pena.

RG: Essa é sua segunda visita ao Brasil. Você tem alguma lembrança especial? Está animado?

AJ: [risos] Muitas lembranças boas! Estamos super animados em voltar ao Brasil. O público daí é demais, adoramos o primeiro show. Então estou muito ansioso. Não vejo a hora de comer a comida do Alex Atala, que é absolutamente impressionante. E de assistir o futebol do Brasil, que também é impressionante. Estamos muito animados, sim.

RG: Vocês estão em uma turnê de vários grandes hits. Qual tem sido a música mais arrebatadora da turnê, aquela que faz a plateia vibrar, que devemos ouvir por aqui?

AJ: É engraçado isso: cada lugar tem uma música favorita, dessas arrebatadoras. Nos Estados Unidos, por exemplo, eles adoram “Song 2”. “Parklife” também é bem pedida. Teve um show em que a plateia foi à loucura com “Country House”, que não é exatamente um hit. Então depende, não dá pra dizer que tenha somente um grande hit.

RG: Vocês vão tocar “Coffee + TV” por aqui? Vocês deveriam tocar “Coffee + TV” por aqui. E “Tender”, também.

AJ: [risos] Pode deixar, sugestão anotada. Mas realmente vai do show, do clima, do momento. Você vai estar por lá?

RG – Claro! Nos vemos dia 9?

AJ: Sim. Vai ser incrível!

Serviço:

PLANETA TERRA

Headliners: BLUR, BECK, TRAVIS E LANA DEL REY

Data: Sábado, 09 de novembro de 2013.

Abertura dos portões: 12h

Local: Campo de Marte

Av. Santos Dumont, 2.241 – Santana, São Paulo

Capacidade: 30.000 pessoas

Ingressos: de R$ 150 a R$ 350 (ver tabela completa)

Classificação etária: Não será permitida a entrada de menores de 16 anos.

A partir de 16 anos: permitida a entrada desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.

Acesso para deficientes

Venda – Os ingressos podem ser adquiridos nos canais de venda da TicketsForFunwww.ticketsforfun.com.br4003-5588.

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