Fa’vela Punk: aposta

Um dia, navegando sem eira nem beira no Instagram, encontrei o perfil dessa moça, Fa’vela Punk. De look meio andrógino, francamente fashionista e com esse nome que faz eco em ouvidos tupiniquins. Fui atrás. Segundo sua assessora, a simpática Suzy, trata-se de Fahrani Pawaka Empel (Fa’), 31 anos. Nascida em Jacarta, é modelo, designer, ativista ambiental. E cantora, com um recém-lançado primeiro single, “Cewe Rusak”, um híbrido de electro rock e pop. Nada de punk. E nada a ver com música das favelas, ressalta a assessora, que porém confirma que a alcunha artística vem sim do Brasil: “Quando ela era mais jovem, ouvia funk brasileiro e tomou para si esse nome”, diz. A música é boa, de pista, prenúncio de uma carreira promissora, que ela pretende bombar em NY, onde vive. Em meados de 2014, Fa’vela Punk lançará seu primeiro álbum. Fresquíssima notícia, pois.

A história da moça é rica: aos 13, Fa’ se inscreveu na escola de modelos de John Casablancas. Em 2000, foi finalista do Elite Model Look, o que lhe rendeu catwalks nas semanas de moda do planeta, para marcas como Gucci e Giorgio Armani; ela ainda foi escolhida como embaixadora da L’Oréal Asia. Também investiu na carreira de atriz – até ganhou o prêmio máximo no Film Festival Indonesia, em 2008. Nesse meio tempo, compôs música e colaborou com artistas do seu país. Foi fisgada pelo métier, a ponto de abrir uma gravadora, a CAST Eyewear. Multicoisas de uma personagem a acontecer, espécie de Lady Gaga da Indonésia, cuja assinatura, por si só, é digna de nota. Se a música também? Tire a prova: o videoclipe do seu single está na RGTV, lá no site. Aperte o play e encare o pancadão que vem da Indonésia.