RG falou com a atriz sobre seu novo projeto. E adorou
“Meu nome é Luana, mas todo mundo me chama de Lulu.” Assim começa a mais nova série do Multishow, que promete conquistar corações apaixonados Brasil afora. Encontros e desencontros pelas ruas cariocas narrados com poesia e humor no desenrolar da vida de Lulu, personagem de Maria Flor, e Pio (Armando Babaioff).
Do Amor, nome providencial, é uma comédia romântica. Histórias que costumam acontecer todos os dias, sabe?! Nas palavras da própria Maria: “a série é sobre as relações de amor, procuramos representar, com delicadeza e poesia, a alegria imensurável dos encontros, a dor enorme das separações, o tédio das relações estagnadas, sentimentos que todos vivemos e reconhecemos. (…) a vidinha diária, os amigos, os amores, as decepções, as escolhas profissionais, as contas para pagar, as obrigações com a casa, a família e até o cachorro, a vontade de ser melhor a cada dia, de ter o nosso próprio olhar sobre o mundo, de tentar construir alguma coisa com a qual a gente sonha e, ao mesmo tempo, de se deixar levar e apenas aproveitar a vida. Não é isso que queremos todos?”, questiona. A série foi concebida e produzida pela atriz que diz não acreditar em destino: “Acredito em encontros”, confidencia. Lulu não é muito parecida com sua intérprete. É dedicada e corre atrás do que quer, como Maria, mas é muito irresponsável e sonhadora, adjetivos que não lhe cabem.
Esse é um novo passo na vida da atriz, que participou de todos os estágios de produção da série: desde o roteiro, palpitando nos rascunhos da mãe, Márcia Leite, algumas vezes com situações autobiográficas, até a escolha do elenco e direção de algumas cenas. E da escolha do figurino também, todos aprovados por ela. Mãe e filha já haviam dividido a cena profissional no programa Todo Mundo, uma série documental de quatro episódios gravada em Londres, também para o Multishow: “Entendemos que deveríamos tentar separar as duas relações, porque mãe e filha têm intimidade em excesso e as relações profissionais exigem um pouco de formalidade e distanciamento. Não se pode dizer tudo que se pensa, é necessário contemporizar mais, agir com a razão mais do que com o coração. Tivemos que aprender (ou ao menos tentar) estabelecer outro canal de comunicação. Houve desentendimentos, claro, mas no geral, fomos muito bem sucedidas.”
Quando indagada sobre as cenas do tal beijo gay da série… “É inacreditável o barulho que se faz por nada. Nós estamos falando do mundo contemporâneo, século XXI, um grupo de personagens em torno dos 30 anos, vivendo numa cidade cosmopolita, jovens intelectuais e artistas. Gente que vai à praia de Ipanema ou dança no final de semana na Comuna, em Botafogo. Estamos fotografando uma geração da zona sul carioca, que poderia estar em qualquer lugar do mundo, em Williansburg, NYC, ou no East London. Casais do mesmo sexo são o que há de mais corriqueiro e normal. Duvido que alguém no mundo de hoje não tenha ao menos um casal amigo que seja gay. Impossível não existir um amigo gay na família ou no trabalho. Há na nossa série uma história de amor entre duas mulheres. A relação delas é mostrada da mesma forma que a dos casais hetero. Não estamos discutindo a homossexualidade, não há qualquer cena de conflito ou preconceito em função da homossexualidade, apenas contamos (mais) uma história de amor numa série que fala sobre o amor.”
Ansiosa para a estreia, que acontece na próxima terça-feira (09.10), a atriz contou que o elenco se reuniu para assistir aos três primeiros capítulos juntos. Aprovado. Por ora, ainda não se sabe se a série terá uma próxima temporada: “Termina meio em aberto, espero que tenha uma próxima temporada.”
Descubra os destinos de Lulu e Pio nos 13 capítulos de Do Amor, que estreia nesta terça-feira (09.10) no Multishow.