por Jeff Ares
Neste domingo (29.07), o Divino ganhou versão paulistana, chez Tiê. A cantora reuniu amigos da jovem guarda da música no jardim de sua casa, em São Paulo, para uma jam bem safada (no melhor dos sentidos), cantoria-delícia dos sucessos da novela Avenida Brasil. O folhetim, fenômeno pop, arrebatou não apenas a classe C, mas também a intelligentsia, ou parte dela, a sem-vergonha de brincar de populacho; no jardim da Tiê, uma pequena claque de jornalistas e artistas se debruçaram sobre o melhor (pior?) do bregapop que embala as sacudidas periferias do Brasil. Claro, com roupagem elegante… O “Oi, Oi, Oi” de “Vem Dançar Com Tudo“, abriu os trabalhos. Na voz doce da anfitriã, virou quase cantiga de ninar. Depois veio Nana Rizinni, a enfant terrible da nova geração, que encarnou uma Suellen-perigo e seduziu a plateia com “Pra te Provocar“, do MC Koringa (que nome é esse? kkkk). Mais adiante, Adriano Cintra e Marina Gasolina, aka Madri, mandaram um “Cachorro Perigoso“, com direito a dancinha lasciva da Marina e Adriano atrás de um rabo de saia… Mais Tiê, com a indefectível “Eu quero Tchu, eu quero tcha, eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha“, o hino brega mais inacreditavelmente grudento do hit parade. Em seguida, Nana cantou o melô do Ricardão (http://www.youtube.com/watch?v=0eVuZzoJoro), aquele que fala “então me liga, vou botar pressão, pego mas não me apego, sou o famosos Ricardão”… Delírio. Aí veio Marcia Castro, uma cantora excepcional, que cantou “Amiga da Minha Mulher“, do Seu Jorge, e deixou a gente com vontade de assistir a um show dela. Pra encerrar, Filipe Catto, o Ney Matogrosso dos anos 2000, cantou “Depois“, da Marisa Monte, querendo que “você seja feliz”. E assim foi. Com direito a churrasquinho e cerveja, como nas melhores recepções do Divino.
O próximo “Na Cozinha ou no Jardim” é com o duo Madri. RG vai, oi, oi, oi…