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Carlinhos Jereissati: “pra mim é só o começo”

RG conversou com o empresário na abertura do JK

Por Jeff Ares

Carlinhos Jereissati veste um terno, sem gravata. Hands on. Recebe jornalistas dos principais veículos de comunicação para apresentar, finalmente, o Shopping JK, complexo de luxo ansiosamente aguardado por São Paulo, centro de uma controvérsia que atrasou em alguns meses a sua abertura. Resolvidas as questões viárias com a CET e a Prefeitura, o shopping abre suas amplas portas materializando o que a gente lê e ouve por aí: o mercado de luxo mundial está entre nós.

Acordou pensando o que, Carlinhos? “Que o dever está cumprido.” Tem a expressão serena. A manteve assim durante boa parte do tempo em que se sucederam os imbróglios que acometeram seu empreendimento. “É diferente pra mim. Pra mim é só o começo. O dia a dia”, observa. Pra quem está de fora, é o fim de uma novela. Pra ele, o segundo capítulo.

Tem de tudo nesse folhetim. Os protagonistas são atores estrangeiros. Alguns já conhecidos da audiência local, grandes players como Burberry, Gucci, Zegna… Outras novidades retumbantes: Topshop e Topman prometem ensinar uma ou duas lições para o mercado de fast fashion nacional. A Tod’s abre suas portas em setembro, na primeira operação brasileira, nos conta Jereissati. A Chanel em outubro; atrasou porque abrirá sob as bases do novo projeto arquitetônico, com direito a VIP room, nos adianta também Jereissati. Mais atrações: a Goyard, francesa famosa pelo maletier, cujas bolsas viraram febre entre moças e moços. A Lanvin, cujos acessórios prometem levar as mulheres à loucura. A Van Cleef… “Desde moleque eu lembro da minha mãe indo na Van Cleef… Imagina que o Brasil um dia teria uma loja dessas”, admira-se o empreendedor.

Tudo é branco, bem iluminado, alamedas são gigantescas. Estamos no primeiro piso. “Olha pra cima, você percebe que tudo é pensado em cubos. Tem uma dinâmica interna, conforme você vai subindo, o espaço vai se abrindo e mudando de uso”, apresenta Jereissati. Comprova-se: duas varandas ao ar livre elevam o conceito de shopping a outro patamar – literalmente, também. São grandes janelas para um skyline novo, ângulos paulistanos surpreendentes. Sempre ali, mas agora aqui. Imagens-vedete de três grandes espaços de eventos que devem movimentar a vida social da cidade sobremaneira (e a gente gosta pouco disso…).

Mais? Tem. Tem arte em todo canto. Carlinhos impregnou o Iguatemi pelo seu gosto pela coisa, e não poderia ser diferente aqui. Luiz Braga ali nas paredes do Lounge One. Uma escultura do baiano Marepe na varanda. Uma mini-galeria de arte, de repente, entre uma loja e outra, com programação e tudo. Mais cultura? Inacreditável a tecnologia 4D de uma das salas do Cinépolis, com poltronas inteligentes, cheias de efeitos especiais que te jogam pra dentro da tela. Aqui, melhor não levar pipoca. Nem tentar escrever no blackberry, como eu, neste exato momento.

Bom, é por aí. Abre hoje. Na segunda, Rosana Rodini, minha amiga que eu amo, editora deste site, vai tocar num happy hour. O JK é nosso. Vem.

Em tempo: a visita guiada em imagens você vê aqui

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