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15 min com Chayene

Confira a entrevista com a atriz Cláudia Abreu que saiu na edição de abril da RG

Por Jeff Ares

Cláudia Abreu está de volta ao folhetim, depois de um hiato tristíssimo para seus fãs – inclua aí toda a redação de RG. Na próxima novela das 19h, Cheias de Charme, que estreia nesta segunda-feira (16.04), ela dará vida à Chayene, personagem completamente diferente das heroínas e vilãs que já interpretou. A mulher é brega, assumida…

Chayene é definitivamente brega. O que há de brega em  você (que a ajudou na composição dessa personagem)?
CA: Sempre gostei de música brega! Acho um gênero autêntico, cheio de humor! Agora, o que é ser brega também é muito relativo.

A Chayene canta eletroforró e breg pop. Você se dedicou a audições do gênero? Algo te surpreendeu?
CA: Eu já tinha muitos discos de música brega, comprados em várias das temporadas de filmes que fiz no Nordeste. Foi quando adquiri desde boleros de Altemar Dutra até Beto Barbosa. E, com a novela, acabei conhecendo Calypso, Gaby Amarantos, Aviões do Forró, Calcinha Preta e muitos outros.

Você realmente canta? Vem aí uma concorrente para Joelma?
CA: Eu sou uma atriz que canta, a Joelma é uma cantora. Mas na novela eu canto de verdade!

Seu figurino é, hum, digamos, sui generis. Você sairia assim pra jantar?
CA: Já fui a restaurantes em intervalos das gravações, sim. É divertido sair completamente diferente do seu normal.

Interpretar uma nova-rica expandiu seus conhecimentos antropológicos?
CA: Qualquer personagem que eu faça amplia o meu conhecimento do ser humano, sem dúvidas.

Depois de tantos personagens densos, dar vida à uma caricata te faz mais feliz?
CA: Com certeza! Interpretar um personagem alegre, exuberante e amoral como a Chayene tem feito muito bem a mim.Volto para casa animada!

Que balanço você faz desses anos de carreira?
CA: Sou muito grata ao meu tio por ter me levado ao Tablado. Poder sair da realidade para viver um pouco na ficção é uma delícia! E fico muito feliz por ter construído uma carreira sendo uma atriz que circula pela TV, teatro e cinema com personagens ecléticos. Isso é o que mais me interessa: a versatilidade.

Você ficou por alguns anos mais dedicada à família, não? O que esse hiato te ensinou?
CA: O hiato só existiu na presença física. Durante o tempo em que fiquei dedicada à família, fundei a Goritzia Filmes com meu marido (José Henrique Fonseca ) e pude desenvolver projetos como produtora e roteirista, ou seja, só me afastei fisicamente da profissão de atriz. A experiência de ter filhos e o tempo para me dedicar a outras coisas me enriqueceram para voltar melhor.

Seus quatro filhos a inspiraram a dirigir um filme infantil? A gente leu isso na internet.
CA: Desde quando abrimos a produtora pensamos em fazer algo direcionado aos nossos filhos. Ainda não sei se irei atuar ou dirigir. Nunca tinha tido o desejo de ser diretora, mas para fazer algo para crianças me deu vontade.

Você dá muito Google no seu nome?
CA: Só quando quero procurar alguma informação específica.

Se você fosse uma cantora, de verdade, cantaria o que?
CA: Eu seria o Mick Jagger!

Que pergunta te falta responder?
CA: Devolvo a pergunta: “Qual é o sentido da vida, você sabe?”

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