A Tate Modern, em Londres, recebe exposição de fazer os corações dos entusiastas das artes baterem mais forte. Trata-se da maior e mais completa retrospectiva da trajetória profissional de Yayoi Kusama. Para quem ainda não conhece, (e a gente indica conhecer) a artista japonesa ganhou fama por suas obras surrealistas de pop art, e chegou até a ser comparada com Andy Warhol e Lichtenstein. Entretanto,Yayoi teve sua carreira interrompida, quando, em 1975, se internou por livre e espontânea vontade em um hospital psiquiátrico, por sofrer de Transtorno Obsessivo Compulsivo em alto grau.
Nas entrevistas que concede, inclusive, ela diz que suas obras são reflexo das alucinações que sofre, uma maneira de mostrar aos outros as coisas que só ela vê durante seus surtos. Apesar dos muitos anos de internação, que a afastaram do circuito internacional, Kusama não parou de trabalhar, e continua sendo um dos nomes mais importantes do cenário artístico atual, principalmente pelas suas instalações tridimensionais, um marco dos anos 90.
É por essas e por outras, como uma nova instalação concebida especialmente para a ocasião, que a nova mostra de Yayoi Kusama está sendo tão celebrada no meio artsy mundial. Com curadoria de Francis Morris e Rachel Taylor, a exposição é organizada em colaboração com o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia de Madri, o Centre Pompidou de Paris, e o Whitney Museum of American Art de NY.
Sem contar o catálogo com a primeira versão traduzida para o inglês da autobiografia da artista, Infinity Net, que será lançado junto com a expo. Ou seja, programa obrigatório para quem estiver pela terra da rainha entre o dia 9 de fevereiro e 5 de junho. RG quer ir.
Na galeria, um pouco do universo neurótico e divertido desta quase entidade da arte nipônica. Siga a seta.