A nova musa de Almodóvar

Pedro Almodóvar é um diretor de grandes mulheres. Seus filmes são tratados sobre a alma feminina, sobre as mulheres à beira de um ataque de nervos, tudo sobre nossas mães. De tempos em tempos, irrompe na tela uma nova musa do diretor, um alter-ego de suas feminices, sua fêmea fatal. Já assumiram esse papel Carmen Maura, Rossy de Palma, Victoria Abril, Penélope Cruz… essa última casada com um dos únicos atores reconhecidamente “almodovarianos” (ao lado de Antonio Banderas), Javier Bardem.

Com o advento Hollywood, Penélope, a mais recente musa do espanhol, foi cooptada pelo star system e se tornou musa de outro dos grandes, Woody Allen. Hora de buscar nova jovem espanhola para a ribalta, pois. Ei-la: é Elena Anaya, uma espanhola de 35 anos que surgiu como atriz principal do cult Lucia e o Sexo (2001). Como todas as estrelas de Almodóvar, ela já havia feito uma ponta em um dos seus filmes, Fale com Ela. Agora, ganhou o papel mais importante de La piel que habito, uma resposta de Almodóvar aos filmes de terror que estreou no Festival de Cannes deste ano, como RG te mostrou aqui. De lá para cá, Anaya virou companhia constante de Almodóvar. Andam para lá e para cá, em cocktails, desfiles de moda, festinhas… Diz que a moça é fervida – endiabrada, diriam alguns. Não faz distinções de gênero na cena do beijo e apaga a luz das festas. Um furacão, digno de nota. Olho nela.