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Catherine Deneuve @Brasil

RG foi à coletiva de imprensa de “Potiche” e conheceu de perto Catherine Deneuve

Começa nesta quarta-feira (08.06) o Festival Varilux, que vai rodar 22 cidades brasileiras exibindo produções da sétima arte francesa. Oui. Um dos filmes mais aguardados do festival é Potiche, comédia de François Ozon, adaptada da obra teatral de Pierre Barillet e Jean-Pierre Grédy, e estrelada por ninguém menos que Catherine Deneuve. O longa ainda promove o reencontro extraordinário de Catherine com outro ícone do cinema francês, Gerard Depardieu. A dupla divide as telonas 30 anos depois de O Último Metrô, um clássico para cinéfilo nenhum botar defeito.

Toda esta introdução é para explicar a importância de tal produção, que trouxe mademoiselle Deneuve ao Brasil. E RG foi ao Hotel Tivoli, nesta quarta-feira (08.06), conhecer a dama que deixou Buñuel, Truffaut e Polanski de queixos caídos. E com razão, afinal Catherine mantém a mesma exuberância de décadas atrás, uma austeridade – cult pouco vista por aí. A bela da tarde, que pediu para não ser acordada antes do meio dia, cumpriu a risca o horário da coletiva, e nos poucos minutos (vinte, contados no relógio), falou brevemente sobre filhos, boatos e, claro, cinema. Tudo entre um cigarrinho e outro. Ela pode, afinal.

Sobre o filme, Deneuve disse ter sido um trabalho “muito feliz” e prazeroso, principalmente no que diz respeito às cenas com Depardieu –para ela, o reencontro dos dois existe apenas ao olhar dos espectadores, pois, segundo a atriz, eles nunca se desencontraram. Profundo. Disse também que apesar de sua personagem ser “apenas uma dona de casa”, não é nada cotidiana. É claro. Quando questionada a respeito do cinema brasileiro, Catherine preferiu não emitir opinião – disse nunca ter assistido a nenhuma produção nossa – devemos lhe encaminhar alguns DVDs por correio? Todavia, sem se estender muito, a estrela disse estar encantada com a gastronomia local.
 
Papo vai, papo vem, e a veia cômica da diva veio à tona quando perguntada a respeito de suas exigências para vir ao Brasil: “Diga-me que exigências são essas que agora eu vou pedir!”, e continuou em meio a risada: “400 toalhas? Isso é a Sharon Stone, não sou eu. A minha extravagância é muito mais particular”. A gente pode imaginar.

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