Valentino Fialdini, solo

Dizem que filho de peixe, peixinho é. E Valentino Fialdini está ai para comprovar. Filho do fotógrafo Romulo Fialdini, e sobrinho do escultor Dan Fialdini, Valentino vive e respira arte desde que nasceu. Em 1995, ele se enveredou pelo mesmo caminho do pai, e desde então vem expondo seus trabalhos em mostras coletivas. Pois agora o momento é só dele. Com todo louvor, diga-se.

Valentino está prestes a inaugurar sua primeira exposição individual, com uma série de imagens feitas em ambientes também construídos por ele. Alguns desses espaços foram montados em Lego, outros possuem a instalação de totens, produzindo um efeito lúdico que virou marca registrada do criador. E são nessas criações que a fotografia se encontra com a escultura, trazendo o DNA peso-pesado de Valentino à tona. Não se pode negar o sangue, afinal.  

Sobre estes trabalhos, Paula Braga, que assina o texto da exposição, escreveu que “em um retorno poético à infância de filho de fotógrafo, quando a brincadeira envolvia não só a manipulação dos blocos de plástico, mas também a observação da luz, as fotografias de Valentino começam com a criação de um ambiente multicolorido, com escadas, colunas, paredes e janelas. […] A luz então entra nessas construções lúdicas por frestas calculadas e a lente da câmera vai atrás dela. Vem o clique final. Depois de ampliadas […], essas imagens parecem puxar o observador para dentro delas, um convite para brincar”.

Para aguçar a curiosidade dos entusiastas artsy de plantão, a gente mostra um pouco do que será exposto na Zipper Galeria, a partir desta quarta-feira (01.06). Imperdível.