James (Franco) Dean

A estrela de James Franco só sobe. Ao passo em que se sagra como o jovem galã queridinho de Hollywood, ele consegue a façanha de ser também o mais cool dos atores de sua geração. Não vive só da fama e do stablishment: envereda pelas artes e que ser provar pessoa séria – o coté artista plástico a gente já te mostrou aqui, lembra? Pois ele quer seguir adiante: corajoso, vai apresentar sua veia artsy na próxima Bienal de Veneza, a partir de 1 de junho.

Franco vai explorar a obsessão que nutre – sem esconder – por James Dean. Foi interpretando o ator numa bipic da canal TNT, em 2001, que ele deu as caras para o planeta. Dali por diante, seguiu fixado no adorável doidão que deu um rosto à juventude transviada dos anos 50.

O diretor de arte da Visionaire, Dominic Sidhu, vai curar o projeto de Franco, que não por acaso se chama Rebel. É um site-specific na ilha de Certosa com obras (videoarte) que homenageiam o célebre filme Rebelde sem Causa. Franco atua num dos vídeos e participou do processo de outros tantos, feitos por gente como Douglas Gordon, Harmony Korine e os irmãos Damon e Paul McCarthy.

O tributo a Dean pretende-se também uma crítica à cultura das celebridades. Quer discutir masculinidade, força, auto-destruição…

Resta saber como a crítica vai receber a empreitada; os grandes (e mais sádicos) críticos do planeta já têm passagens marcadas para Veneza.