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Arquitetura no MAM-SP

Duas exposições no museu paulista discutem sustentabilidade, ecologia e urbanismo

Aberto a discussões que tangenciam a arte, o MAM-SP recebe nessa terça-feira (19.04) duas exposições que olham para as linhas vanguardistas da arquitetura brasileira. Em Razão e ambiente, o foco é o pioneirismo da arquitetura brasileira modernista na utilização de soluções ecológicas – e seus desdobramentos na arquitetura sustentável de hoje. Sob a curadoria de Lauro Cavalcanti, a Sala Paulo Figueiredo apresenta 21 projeções de obras contemporâneas, com clara referência a três arquitetos modernos: Lucio Costa (1902-1998), Lina Bo Bardi (1914-1992) e Sergio Bernardes (1919-2002). A exposição é um complemento à principal mostra do museu, Morada ecológica, uma itinerância da Cité de l’Architecture & du Patrimoine, de Paris. Sob a curadoria de Dominique Gauzin-Müller, é um tratado sobre sustentabilidade e urbanismo, atualizando os caminhos da arquitetura contemporânea na busca de soluções para moradores cada vez mais preocupados com o planeta. Os projetos e arquitetos são divididos em quatro módulos temáticos, exibidos com vídeos e diaporamas (slide-shows), com textos explicativos e plantas em grandes painéis. No primeiro, figuram os Precursores do pensamento ecológico na arquitetura, como Frank Loyd Wright (EUA, 1868-1959) e sua casa-escritório-escola Taliesin, no Wisconsin (EUA); Alvar Aalto (Finlândia, 1898-1976), Glenn Murcutt (Austrália, 1936); Hassan Fathy (Egito, 1900-1989) e o brasileiro José Zanine (Bahia, 1919-2001), pioneiro no pensamento de utilização sustentável das matérias-primas da Floresta Amazônica – é dele, por exemplo, a casa do artista plástico Franz Krajcberg, no topo de uma árvore baiana… Nos três módulos seguintes, Panorama internacional das práticas atuais, Contribuições sustentáveis à arquitetura francesa e Passando à ação, são mostrados os nomes e projetos contemporâneos em evidência no desenvolvimento de um novo conceito “holístico” de arquitetura sustentável, que leva em consideração o papel do indivíduo na sociedade, a preservação da natureza, os modos de produção e a criação de uma estética verde.

A exposição reafirma o olhar livre do museu, que segue traçando paralelos entre arte e arquitetura, em mostras como as de Flavio de Carvalho (2010), Gordon Matta-Clark (2010) e Roberto Burle Marx (2009). Arquitetura é arte? Queremos ouvir sua opinião, comente aqui, ok?

Morada ecológica (Grande Sala) e Razão e ambiente (Sala Paulo Figueiredo)
Abertura: 19 de abril de 2011 (terça-feira)
Visitação: 20 de abril a 26 de junho de 2011
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3)
tel (11) 5085-1300
Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Ingresso: R$ 5,50
Sócios do MAM, crianças até 10 anos e adultos com mais de 65 anos não pagam entrada. Aos domingos, a entrada é franca para todo o público, durante todo o dia
Agendamento gratuito de visitas em grupo pelo tel. 5085-1313 e email educativo@mam.org.br

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