Top

A moça do Oscar

RG bateu um papo com a produtora de “Lixo Extraordinário”, o documentário brasileiro que pode levar a taça

Tocou o telefone lá no Rio de Janeiro. Jackie de Botton na linha. Chapa deste site, ela é um assombro. Participou da criação do coletivo OEstúdio, fez o branding de um milhão de marcas, criou a recente parceria entre a Osklen e a Riachuelo, virou produtora de cinema… e está concorrendo ao Oscar! Jackie é uma das produtoras executivas de Waste Land, ou Lixo Extraordinário, co-produção Brasil-Inglaterra que foi indicada nessa terça-feira (25.01) ao Oscar 2011 de melhor documentário. Sim, tudo isso.

“O Vik é um gênio”, corrobora Jackie, que divide a produção executiva do longa com Andrea Barata Ribeiro, Hank Levine, Fernando Meirelles e o casal Miel de Botton (prima dela) e Angus Aynsley, dono da produtora inglesa Almega. Jackie trabalhou no lançamento internacional do doc, estratégia que o levou a mais de 17 festivais. Em alguns deles, como o de Berlim, Jackie foi acompanhada de Tião, o catador de lixo que rouba a cena. Tião é um dos líderes do Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclável e sua história é das mais interessantes do filme. O cara virou um acontecimento – já é presença confirmada na caravana que vai buscar o homenzinho dourado em Los Angeles. E na festa que a turma brasileira vai dar por lá, possivelmente ancorada por um casal ligado ao showbiz – segredos que RG  ainda não pode revelar, mas vai te contar no tempo certo.

Sobre a carreira do filme, Jackie conta que TVs de quase todo o planeta já compraram direitos de exibição. No Brasil, ainda não está confirmado um relançamento, mas há boas chances – é de praxe dar novo fôlego a filmes indicados à estatueta mais cobiçada da sétima arte. “É um filme sobre coisas que precisam ser ouvidas: terceiro setor, inovação social, inclusão”, defende Jackie, absolutamente tomada pelo incrível anúncio. “O Vik fala no filme que ‘o momento onde uma coisa se transforma em outra é um momento mágico’. É sobre isso o documentário, sobre transformação. Não só do lixo em arte, mas de pessoas em gente. São as coisas que valem a pena”, reflete.

Pós-red carpet, Jackie já tem outro projeto na manga. Também uma co-produção internacional, também um documentário. Dessa vez sobre arquitetura. Pipocas em riste.

Mais de Cultura